Está passando da hora para tratar sobre Comércio Justo
A rapidez do Cade para aprovar a fusão entre Tok&Stok e Mobly é assunto na edição desta quarta-feira do programa 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi. Em menos de 30 dias a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a aquisição de controle acionário na Tok&Stok pela Mobly. As empresas anunciaram o negócio em 9 de agosto. E antes que o mês se encerrasse a compra estava aprovada sem restrições.
Para se ter uma ideia dessa rapidez, a compra da Copenhagen pela Nestlé foi aprovada em três meses em um processo considerado rápido, por exemplo. O Cade foi notificado sobre a negociação em 18 de novembro de 2023 e aprovou em fevereiro de 2024. E olhe que no processo de aquisição da Garoto pela Nestlé se passaram 20 anos entre a aquisição e a aprovação da transação.
É por esse motivo que Lorandi questiona: “Será que a rapidez na aprovação do negócio da Tok&Stok se deve a resistência dos fundadores em concordar com a negociação?”
Outra notícia importante dessa semana é a forte subida do preço dos móveis em julho. O Índice de Preços ao Produtor medido mensalmente pelo IBGE, que pesquisa a variação do preço na indústria de móveis, apontou alta de 1,39% em julho na comparação com o mês imediatamente anterior. Este índice eleva para 2,15% a correção de preços nos primeiros sete meses deste ano.
Ari Bruno Lorandi também comenta sobre uma novidade catarinense que vai aumentar a competitividade do polo moveleiro local: o projeto Foresight. Ele foi lançado oficialmente no dia 27 de agosto em São Bento do Sul e dia 28 em Rio Negrinho. Trata-se de uma iniciativa inovadora, destinada a elevar a competitividade das empresas do polo moveleiro local e proporcionar acesso a novos mercados, com produtos de alto valor agregado.
O programa é desenvolvido pelo Sebrae, em parceria com os sindicatos das indústrias moveleiras Sindusmobil, de São Bento do Sul, e Sindicom, de Rio Negrinho.
Você já ouviu falar em “comércio justo”?
Esse tema foi escolhido por Ari Bruno Lorandi para o seu tradicional comentário Cá entre nós. Mas, antes, o apresentador faz uma introdução falando sobre o que é o denominado “comércio justo”. Esse modelo de comércio visa promover condições mais equitativas e justas, especialmente em países em desenvolvimento. O conceito envolve a garantia de que esses produtores recebam um preço justo por seus produtos.
Lorandi inicia o Cá entre nós falando sobre suas críticas recorrentes ao setor de painéis. “Acho que estas indústrias poderiam contribuir mais com o setor moveleiro do ponto de vista institucional”, afirma.
Ele aproveita para contar sobre um episódio em que recebeu uma aula sobre como funciona a indústria de painéis depois de fazer uma crítica exagerada ao comportamento dos paineleiros diante do aumento de preços. Ari Bruno Lorandi lembra que recebeu um longo e-mail do diretor de um gigante do setor.
“Ele me lembrou que a compra de madeira é um processo estratégico que envolve várias etapas, desde a escolha do fornecedor até a aquisição e transporte da matéria-prima. Os fabricantes procuram fornecedores que operam de acordo com práticas de manejo florestal sustentável.
A qualidade da madeira é fundamental, pois afeta diretamente a qualidade do MDF.
O custo da madeira, incluindo o transporte, é um fator importante. E, claro, os fabricantes buscam negociar preços e condições de pagamento, mas se sujeitam a preços de mercado, muitas vezes definidos internacionalmente.
E, mais importante, muitas vezes, firmam contratos de longo prazo com fornecedores para garantir a continuidade do fornecimento e estabilidade nos preços. Então, são negociados os volumes de madeira a serem fornecidos, assim como os prazos de entrega e condições logísticas”.
Assista ao 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra no player acima.
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