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Estudantes do Cimol fabricam móveis para as vítimas da enchente

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Estudantes do curso de móveis irão fabricar camas e balcões de pia para vítimas da enchente no Paranhana Foto: Reprodução/Cimol

Cidades do Vale do Paranhana estão entre os 444 municípios afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Diante do cenário de destruição e perdas, estudantes do curso de móveis da Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato (Cimol), de Taquara, fabricam mobílias para doar para vítimas da região que foram atingidas pelas cheias.

 

Os alunos produzirão 50 camas e 50 balcões de pia. Os dois móveis serão em MDF 18 mm branco. Serão feitas camas de casal e solteiro, e balcões de pias, sem a cuba, com duas portas e quatro gavetas. 

 

De acordo com o educandário, serão beneficiadas famílias de Taquara, Rolante, Parobé, Três Coroas e Igrejinha. A distribuição será através de cadastro na assistência social de cada município.

 

Ideia dos alunos

 

Conforme a vice-diretora do Cimol, Kelly Barbosa, inicialmente a ideia era o educandário fazer ações para ajudar alunos, professores e funcionários que tiveram casas atingidas pela enchente. Então, foi decido que cada um dos 8 cursos técnicos fariam uma ação social. Ela conta que os estudantes do curso de móveis foram os idealizadores de projeto.

 

"Os alunos falaram com o coordenador do curso de móveis, professor Marlon Rosano Lazzaretti, que gostariam de ajudar com o que estão aprendendo, as técnicas da marcenaria", lembra Kelly. Ela destaca que ao longo dos anos de formação os estudantes têm aulas práticas. "Eles pensaram então: 'ah, professor, vamos usar nosso tempo e a nossa marcenaria para ajudar os alunos que precisam'". 

 

A vice-diretora explica que eles possuem apenas material para os projetos que fazem em aula e que o espaço é pequeno. Então começaram a idealizar formas de conseguir os materiais e com a autorização da diretora, Karine Kersting, fizeram publicação nas redes sociais para ter ajuda da comunidade, que costuma ser participativa. "Começaram a pedir o MDF ou o valor em dinheiro". 

 

Para ter controle da situação, a direção disponibilizou a conta bancária do Círculo de Pais e Mestres (CPM), que conta com equipe de transparência. "A nossa preocupação sempre foi usar a conta do nosso CPM, temos um CPM com prestação de conta bem sério. É muito sério esse nosso compromisso", enfatiza Kelly. 

 

A partir da divulgação nas redes sociais, surgiram doações e, também, empresas parceiras interessadas em contribuir com a ação. Além disso, a coordenação da curso também conversou com fornecedores de materiais da instituição, que apoiaram a iniciativa.

 

Como a campanha ganhou proporções maiores que o esperado, a escola fez parceria com a Câmara da Indústria, Comércio e Serviço e Agropecuária do Vale do Paranhana (CICSVP), que fará intermediação com a assistência social dos municípios beneficiados, que definirão as famílias que receberão os móveis fabricados pelos alunos. A escola ressalta que não tem participação na definição dos beneficiados, que serão definidos pelos critérios do órgão social de cada cidade.

 

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Qualidade é prioridade

 

"A nossa preocupação é de que todos os móveis saiam com qualidade e que não tenha discriminação de tipos de móveis. Um mais simples ou maior que o outro. Então serão todos padronizados", afirma a vice-diretora. Ela reforça que a instituição acredita que a padronização e qualidade do material utilizado precisar ser "mais cuidadosa e criteriosa no trabalho voluntário, porque é de coração".

 

Móveis serão feitos em MDF 18mm | Divulgação/Cimol

 

Móveis serão feitos em MDF 18mm | Divulgação/Cimol

 

Móveis serão feitos em MDF 18mm | Divulgação/Cimol

 

"Acreditamos nessa causa e entendemos todo o sofrimento que essa cheia trouxe para a comunidade. Então esse trabalho é com maior critério ainda do que se fosse um trabalho assalariado. O trabalho voluntário precisa ser feito com mais empenho do que qualquer outro tipo de trabalho", pontua.

 

Fonte e fotos: https://www.abcmais.com

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