Estudo busca validar madeira de manejo florestal para mercado
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Engenheira florestal faz estudo sobre espécie conhecida como Matamatá para desenvolver produtos com o uso da madeira. Móveis, instrumentos musicais e artigos de decoração podem ser desenvolvidos a partir da avaliação da espécie. Atualmente são poucas as espécies florestais que são exploradas para fins madeireiros no Amazonas, o que motivou esse estudo.
Daniele Feitosa Fróes é a engenheira florestal que está por trás deste projeto, que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa Institucional de Apoio à Pós-graduação Stricto Sensu (Posgrad), na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A orientação ficou por conta da professora Claudete Catanhede do Nascimento, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e contou também com o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Madeiras da Amazônia.
Segundo a pesquisadora, as árvores do gênero Eschweilera (Matamatá) são espécies abundantes, possuem características importantes para o manejo florestal, mas não são exploradas devido à escassez de estudos sobre sua caracterização tecnológica e potencial, como usinagem e propriedades físicas que contribuem para a inclusão de novas espécies no mercado.
Para entender o potencial de exploração de determinada madeira, é necessário que se conheça os limites e condicionantes de uso, assim os produtos podem ser desenvolvidos. No estudo em questão, foram analisadas a Eschweilera coriacera e a Eschweilera truncata.
“Durante o estudo, as duas espécies apresentaram excelente desempenho na avaliação de usinagem, tendo recebido conceito excelente para os testes de plaina, lixa, perfuração por broca, moldura no topo e torno; bom para o teste de rasgo lateral por broca e ruim para o teste de perfuração por prego; portanto, essas madeiras mostram excelente qualidade para usabilidade”, conta a pesquisadora.
Após o estudo e avaliação, foram desenvolvidos produtos com peças utilizadas nos processos de usinagem, como móveis, artigos de decoração, armação para óculos e escala para instrumento musical. “De forma geral, pode-se concluir que as madeiras estão aptas para serem empregadas na confecção de produtos de alto valor agregado, podendo ser consideradas como alternativa para subsidiar o mercado madeireiro. Elas têm características similares às espécies comercializadas e têm uma grande ocorrência na Amazônia”, ressalta Daniele.
Segundo Daniele Fróes, o estudo vai contribuir para o avanço da área de tecnologia da madeira e manejo florestal sustentável.
(Com informações do Fato Amazônico)
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