Expansão do crédito é tema de pesquisa
Por Edson Rodrigues
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02 de Outubro 2012
De acordo com a realizadora, a pesquisa mostrou que são falsas as afirmações de senso comum quando se trata do mercado de crédito. Declarações como "consumidores de baixa renda pagam suas contas em dia", "o consumidor não pensa em juros, mas no valor da parcela" e "a renda das famílias de classe baixa é mais volátil" foram colocadas à prova no levantamento e algumas mostraram que essa versão é um mito.
Segundo o diretor de Sustentabilidade da Boa Vista, Fernando Cosenza, com as mudanças que aconteceram "o cenário tem se alterado de forma acelerada e queríamos entender se essas hipóteses continuam válidas".
A Boa Vista constatou, através de entrevistas qualitativas e quantitativas em todo o País, que é verdadeira a afirmação de que o consumidor olha primeiro as parcelas e depois os juros, 30% dos entrevistados dão prioridade ao valor das parcelas quando vão fazer um financiamento e 15% olha em primeiro lugar o número de prestações. Os juros são a preocupação de apenas 22%.
Dorival Dourado, presidente da Boa Vista, reforça que o objetivo do trabalho foi analisar as mudanças recentes no comportamento do consumidor: "A publicação ajuda a entender esse movimento e é uma ferramenta de qualidade a ser utilizada em favor da construção de um sistema de crédito sustentável".
Quanto às verdades e mitos que permeiam o mercado de crédito, a pesquisa apurou como mito a afirmação de que a dificuldade para pagar as contas está na incerteza da renda. Pois, as classes de menor renda foram as que mais declararam que seus ganhos são sempre os mesmos ou variam pouco. Esse reflexo, segundo a pesquisa, muitas vezes é devido as recentes condições favoráveis do mercado de trabalho.
Além destas, outras afirmações também foram constatadas pela pesquisa, como por exemplo, que o consumidor de baixa renda não poupa; o consumidor de baixa renda não faz planejamento financeiro; as mulheres estão à frente do orçamento doméstico; o nome é o maior patrimônio da pessoa; o consumidor de baixa renda não se protege contra fraudes.
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