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INDÚSTRIA FORNECEDOR

Expectativa da indústria continua melhorando

Por Daniela Maccio - 19 de Agosto 2016

O desempenho da indústria em julho pouco se alterou na comparação com os meses anteriores. A produção e o número de empregados permanecem em queda, a ociosidade continua muito elevada e os estoques estão ajustados ao nível planejado. De positivo, os empresários mostram expectativas cada vez mais positivas. O otimismo em relação à demanda é o maior em dois anos e também é cada vez mais elevada a intenção de aumentar as compras de matérias-primas nos próximos seis meses. As expectativas também permanecem positivas para as exportações. Com relação ao número de empregados, embora os empresários ainda esperem novas reduções nos próximos meses, a expectativa é de um abrandamento do ritmo de queda.

 

O índice de evolução da produção industrial ficou em 46,6 pontos em julho de 2016, inalterado na comparação com o mês anterior. Como permanece abaixo dos 50 pontos, indica que a produção caiu na passagem de junho para julho. O valor é maior que o registrado no mesmo mês de 2015, mas inferior ao de anos anteriores. O índice de evolução do número de empregados ficou em 45,1 pontos, praticamente estável na comparação com o mês anterior. O valor indica nova queda do número de empregados. Ressalta-se, contudo, que o índice mostra tendência de aumento desde fevereiro de 2016 e acumula crescimento de 3,7 no período. Ou seja, o ritmo de queda do número de empregados está se reduzindo.

 

Os índices de evolução variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo dos 50 pontos indicam queda da produção e/ou do número de empregados. Quanto mais abaixo dos 50 pontos, mais intensa e disseminada é a queda. A utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou um ponto percentual em julho na comparação com o mês anterior e chegou a 65%. A UCI de julho é um ponto percentual inferior à registrada em julho de 2015. O índice de UCI efetiva em relação ao usual registrou 36,5 pontos. O indicador oscilou dentro da margem do erro e permanece bem abaixo dos 50 pontos, o que indica ociosidade acima do normal para o mês. Os índices de UCI efetiva/usual variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo dos 50 pontos indicam que a UCI ficou abaixo do usual para o mês. Quanto mais abaixo dos 50 pontos, mais distante do usual.

 

O índice de evolução de estoques ficou em 48,9 pontos, em julho, valor abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que representa queda na comparação com junho. O índice de estoque efetivo/planejado, por sua vez, oscilou dentro da margem de erro, ao passar de 49,3 para 49,8 pontos. Manteve-se, assim, muito próximo dos 50 pontos, ou seja, os estoques seguem no nível planejado pelas empresas pelo oitavo mês consecutivo. Os índices variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento do nível de estoques e/ou estoque efetivo acima do planejado. O índice de expectativa de demanda aumentou 2,1 pontos na passagem de julho para agosto e alcançou 55 pontos, o maior valor desde agosto de 2014. O índice de compras de matérias-primas se afastou da linha divisória de 50 pontos, ao aumentar 1,1 ponto para 51,9 pontos. Dessa forma, passa a indicar expectativa de aumento nas compras.

 

O índice de número de empregados permanece abaixo dos 50 pontos, mas aumentou 1,5 ponto na comparação com julho. Ou seja, mostra perspectiva de queda no ritmo de redução do número de empregados. O índice de expectativa de quantidade exportada manteve-se praticamente constante ao registrar 51,9 pontos e mostra expectativas otimistas com relação às vendas ao exterior.

 

 

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