Exportações de móveis desandam no 1º quadrimestre de 2019
Depois de quatro anos consecutivos de desempenho positivo, as exportações de móveis nos primeiros quatro meses de 2019 ficaram em terreno negativo. Não é muito, apenas 3,7%, mas alguns sinais são preocupantes, principalmente os que mostram parceiros importantes comprando menos do Brasil. É o caso do Reino Unido, segundo maior importador de móveis brasileiros que fechou o 1º quadrimestre com 12,4% menos do que no mesmo período de 2018. São quase três milhões de dólares que deixaram de entrar para as empresas exportadoras. O Peru, 5º maior comprador, também reduziu as compras em 13,5%, quase dois milhões a menos. E a Argentina, nosso maior parceiro comercial da América Latina até há pouco tempo, comprou menos da metade do que havia comprado de janeiro a abril do ano passado – U$ 9,4 milhões ante 21 milhões em 2018.
Os números das vendas mensais mostram que janeiro foi o pior mês, com queda de 9,4%, seguido por abril, com -5,1%.
De outro lado, algumas surpresas positivas, como o Uruguai que continua firme na terceira posição, com compras de quase U$ 16 milhões. O Chile se mantém em quarto, com mais de U$ 12 milhões. Fora do continente, destaque para a evolução das vendas brasileiras para o Canadá, que aumentaram 48% no período. Claro que é preciso considerar altamente relevante as compras norte-americanas, que aumentaram 23% e consolidaram os EUA como principal parceiro do Brasil no setor. E, fora da curva completamente as compras de Moçambique que saíram de U$ 88 mil para 1,1 milhão de dólares, com potencial de superar U$ 4 milhões ao longo do ano.
Nos primeiros quatro meses deste ano 134 países compraram móveis brasileiros, pouco mais do que o ano passado, que somaram 128 países. Porém os 30 maiores compradores somaram U$ 200 milhões, ou 96% do total, mais do que em 2018, quando os 30 maiores representaram 94%, o que significa um pouco mais de concentração.
O maior comprador, os Estados Unidos, com 70,3 milhões de dólares, acumula 34% do total das vendas brasileiras, bem mais do que os 26% que representavam no mesmo período de 2018.
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