Exportações do 1º trimestre têm superávit de US$ 57,2 milhões
Foi a melhor arrancada dos últimos cinco anos para as exportações de móveis realizadas no primeiro trimestre. O período encerrou com os embarques somando US$ 229,710 milhões, 11,81% superior ao mesmo período do ano passado e 52,78% acima de 2019. De maneira oposta, as importações recuaram 17,24%, totalizando US$ 172,442 milhões. Assim, a balança comercial gerou um superávit de US$ 57,2 milhões, primeiro resultado positivo nos últimos cinco anos para o intervalo.
Os dez principais negócios ficaram agrupados na América do Norte, América do Sul e na Europa, se bem que todos os blocos econômicos mundiais aumentaram suas compras. Dois merecem atenção, África e Oriente Médio. Ambos vem mantendo uma curva ascendente desde antes da pandemia, o primeiro com ritmo médio anual de 25% nos últimos cinco anos, enquanto o segundo na faixa de 37% ao ano.
Como de hábito, as regiões Sul e Sudeste concentraram os maiores volumes vendidos, com 98%. A região Sul foi leal a sua história: participou com 79%, levemente abaixo da participação de 2021 e praticamente igual a 2020. A região Sudeste registrou pontuação similar à de 2020, mas no comparativo com ano passado moveu três passos para frente, basicamente, puxado pelo desempenho de São Paulo.
O polo catarinense perdeu três pontos percentuais de participação relativa comparando o trimestre de 2022 com o de 2021, enquanto os gaúchos avançaram duas casas de um ano para o outro. A rigor, Santa Catarina cresceu 2% no trimestre, ao passo que o Rio Grande do Sul expandiu em 20%. Parte do desempenho do primeiro foi a retração das vendas para os Estados Unidos, de 8%. Em contrapartida, os gaúchos ampliaram em 44% no mesmo mercado.
O dólar menos competitivo provocou oscilações no grupo dos cinco estados que mais importaram. Os líderes desse ranking, São Paulo, Santa Catarina e Paraná, apresentaram quedas de 17%, 39% e 7%, respectivamente. Em relação a 2018, os paulistas diminuíram as compras em 34%, os catarinenses aumentaram em 29% e os paranaenses encolheram 13%. Fechando a lista, Pernambuco cresceu 7% sobre o ano passado (alta de 96% em relação a 2018) e Goiás, que manteve performance similar à de 2021, e obteve aumento de 58% no cotejo com 2018.
Passado o período crítico da pandemia e com a vacinação em alta, os empresários agora se voltam para o comportamento da economia mundial e seus fatores. O frete marítimo que infernizou a vida dos industriais no pico da pandemia, é um deles. O contêiner de 40 pés, que chegou a bater em US$ 15 mil, caiu pela metade no início deste ano, mas ainda permanece elevado ao valor praticado em 2019, de US$ 2,0 mil.
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