Fábrica de planejados portuguesa fecha por atrasos
Por Edson Rodrigues
-
15 de Dezembro 2014
A Associação de Defesa do Consumidor de Portugal (Deco) está intermediando as queixas, os vários telefonemas e pedidos de ajuda dos clientes. A empresa mudou de nome para Albará e encerrou as portas no início de outubro. Está em processo de insolvência desde 26 de novembro, depois de falhado o Processo Especial de Revitalização (PER).
A partir do momento em que a Moviflor encerrou as lojas, o objetivo da Deco era conseguir o reembolso de forma extrajudicial. Mas com o decreto de insolvência, a única forma de recuperar o dinheiro é apresentar a reclamação de créditos junto do administrador de insolvência. Recuperar o dinheiro será “complicado”, admite Ana Sofia Ferreira, jurista da Deco. O reembolso vai depender “dos créditos reconhecidos, do valor desses créditos e dos ativos que a empresa terá”, continua. Além disso, os “consumidores não são credores privilegiados como os trabalhadores”. “A experiência nos mostra que receber a totalidade é difícil”, conclui a jurista.
Além de dívidas a fornecedores acumuladas em todo o ano, a empresa não pagou alguns dos salários aos trabalhadores, nem as indenizações da demissão coletiva. Em julho, os 540 funcionários ainda esperavam pelo pagamento de 25% do subsídio de Natal de 2012, três meses de salário de 2013, subsídios de férias e de Natal e os salários de janeiro e junho de 2014.
Comentários