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Fábrica de planejados portuguesa fecha por atrasos

Por Edson Rodrigues - 15 de Dezembro 2014
Problemas com entregas de móveis por parte das empresas de planejados não acontecem apenas no Brasil. A exemplo disso, está a Moviflor, fabricante de móveis planejados portuguesa, que tem em pendência 97 reclamações de consumidores que nunca receberam os móveis que compraram, ou que ainda estão à espera de reaver o dinheiro que desembolsaram para sinalizar a encomenda.

A Associação de Defesa do Consumidor de Portugal (Deco) está intermediando as queixas, os vários telefonemas e pedidos de ajuda dos clientes. A empresa mudou de nome para Albará e encerrou as portas no início de outubro. Está em processo de insolvência desde 26 de novembro, depois de falhado o Processo Especial de Revitalização (PER).

A partir do momento em que a Moviflor encerrou as lojas, o objetivo da Deco era conseguir o reembolso de forma extrajudicial. Mas com o decreto de insolvência, a única forma de recuperar o dinheiro é apresentar a reclamação de créditos junto do administrador de insolvência. Recuperar o dinheiro será “complicado”, admite Ana Sofia Ferreira, jurista da Deco. O reembolso vai depender “dos créditos reconhecidos, do valor desses créditos e dos ativos que a empresa terá”, continua. Além disso, os “consumidores não são credores privilegiados como os trabalhadores”. “A experiência nos mostra que receber a totalidade é difícil”, conclui a jurista.

Além de dívidas a fornecedores acumuladas em todo o ano, a empresa não pagou alguns dos salários aos trabalhadores, nem as indenizações da demissão coletiva. Em julho, os 540 funcionários ainda esperavam pelo pagamento de 25% do subsídio de Natal de 2012, três meses de salário de 2013, subsídios de férias e de Natal e os salários de janeiro e junho de 2014.

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