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Fábrica investe em móveis que mudam de cor

Por Jeniffer Oliveira - 18 de Janeiro 2019

Já pensou se os móveis que você tem em casa pudessem, como passe de mágica, mudar de cor ao longo do dia? Com os acabamentos certos e a ajuda da iluminação, isso já é possível. Inclusive, tem gente apostando alto em móveis como esses. A Jetclass, uma empresa de mobiliário na cidade de Valongo, em Portugal, está investindo 12 milhões de euros em suas instalações e lançar uma gama de mobiliário tecnológicos, que combina segurança, robótica e domótica. Se as previsões do presidente da empresa se cumprirem, até 2021 o faturamento anual da Jetclass salta de 6,3 para 14,6 milhões de euros.

 

Investir um valor que corresponde praticamente ao dobro do faturamento é algo muito arriscado, mas o presidente da empresa, Agostinho Moreira, afirma que assumir riscos é necessário para o avanço dos negócios. “A China e a Turquia, que competem muito pelo preço, vão juntar o design e qualidade à sua oferta na próxima década. Se queremos vencer, temos de estar um passo à frente", justifica Moreira.

 

Recentemente, a empresa lançou a primeira parte do seu projeto de expansão industrial, apoiado em um financiamento de 7 milhões de euros da União Europeia. Quando tudo estiver pronto, ainda antes do final do ano, o grupo terá aumentado a área industrial de 7 para 12 mil metros quadrados, reforçando sua oferta com novos produtos como os móveis tecnológicos com características de segurança e controlo de acessos, móveis com revestimento de folhas de madeiras nobres, melamina, iluminação e estofos com domótica.

 

Especializada em mobiliário neoclássico, clássico, contemporâneo e moderno, que pode ter acabamentos em folha de ouro ou prata, segundo o presidente da empresa, a Jetclass terá também "a maior unidade fabril de móveis neoclássicos e tecnológicos da Penísula Ibérica”.

 

Isso significa, por exemplo, que a empresa vai oferecer móveis que podem mudar de cor em função dos acabamentos e dos efeitos de luz, além de soluções em que é possível garantir acesso exclusivo a portas e gavetas sem fechaduras ou puxadores, apenas com um toque e, essas mesmas peças contarão com relatórios detalhados sobre a sua utilização. Depois, o apoio tecnológico e de software aos clientes em todo o mundo será dado a partir de Valongo.

 

Com as exportações respondendo por 97% das vendas, em mais de 30 países, a empresa trabalha projetos de hotelaria e residenciais, do Congo ao Dubai, somando na sua lista de clientes nomes como Cristiano Ronaldo ou David Beckham, o ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos e príncipes árabes. A marca própria vale 20%, mas o grosso da faturação está em projetos sob medida para clientes e parceiros internacionais em setores como arquitetura e decoração.

 

Com a ampliação da fábrica, o número de funcionários aumenta de 50 para 90. A modernização dos equipamentos, com soluções automatizada, permitirá aumentar a rapidez e eficácia na resposta a encomendas e será concretizada uma parceria com o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) para desenvolver as áreas de automação e controle de tecnologias avançadas, além de sistemas mecatrônicos complexos.

 

O projeto de abertura de uma rede de lojas próprias, no entanto, ficou para trás, porque ia avançar com um parceiro da Venezuela que desistiu, revala Moreira.

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