Feira italiana revela tendências

Entre as tendências observadas nos Saloni 2011, Silvia Grilli destaca o uso da "matéria" como valor básico do produto. “Sob esta perspectiva, que destaca majoritariamente o respeito ao ecossistema, diversas empresas apresentaram matérias-primas em estado natural, ou seja, "crus". A Edra, por exemplo, revisitou seu clássico Paesaggi italiani (de Massimo Morozzi) com novas laterais inteiramente de mogno natural africano”, observa a designer. “Entre as atrações do Salone deste ano, destaca-se um País de contrastes, com notável patrimônio de recursos naturais, rica tradição artesanal e diversas influencias étnicas, culturais e religiosas. Um País onde diferenças extremas convivem em harmonia e onde se encontra uma das maiores e mais antigas florestas tropicais do planeta, cuja principal riqueza é a madeira. As florestas tropicais deste País correspondem a 50% do território nacional, somando 15 mil espécies de flores e uma vastíssima variedade de madeira tropical, metais preciosos e pigmentos naturais. Além disso, o continuo avanço das universidades de design alavanca o desenvolvimento sustentável. Neste País operam mais de 1.800 indústrias, sobretudo de componentes de madeira, onde trabalham cerca de 34 mil pessoas, e movimentam 100 mil Euros ao ano. 90% da produção de móveis é vendida para o exterior, principalmente cozinhas, estofados e móveis para escritório. Pode ter várias semelhanças com o Brasil, mas é a Malásia. Esta é sua terceira participação nos Saloni, numa iniciativa governamental que pode e deve inspirar industrias brasileiras a também buscarem este tipo de apoio financeiro e logístico para expor seus produtos na Itália”, afirma Silvia Grilli.