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Fim das lojas físicas? Ikea abre lojas para garantir proximidade

Por Natalia Concentino - 07 de Outubro 2020

A Ikea, maior varejista de mobiliário do mundo, vai abrir mais de 50 lojas este ano – um número recorde na história da empresa sueca. A empresa acredita que continua precisando de uma forte presença física, apesar da crescente tendência das compras online.

A maioria dos novos estabelecimentos vai ser no centro de cidades e num formato menor do que suas tradicionais mega lojas fora da cidade, disse o novo diretor executivo da marca Inter Ikea, Jon Abrahamsson Ring, ao Financial Times (FT).

“Entendemos que essa seja a melhor solução para nos tornarmos mais acessíveis. Não vamos voltar a abrir apenas grandes lojas. Será uma mistura de formatos, incluindo lojas menores e mais próximas de onde as pessoas vivem, trabalham e se deslocam”, acrescentou.

O plano ambicioso para novas lojas surge apesar de a Ikea ter registado queda nas receitas anuais, devido à pandemia, que obrigou ao fechamento momentâneo de cerca de três quartos das lojas. As vendas, no seu ano financeiro que terminou em agosto de 2020, caíram 4% para 39,6 bilhões de euros, anunciou a empresa, nesta terça-feira. Mas as vendas online aumentaram perto de 50%. No Ingka Group, o maior varejista Ikea, representam agora 18% do total de vendas, contra 11% no ano passado.

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“Todos os investimentos que fizemos nos últimos anos foram extraordinariamente rentáveis. Conseguimos, em alguns locais em poucos dias, mudar para a Internet”, disse Jesper Brodin, chefe executivo da Ingka, ao FT, acrescentando que o aumento das vendas online tinha recuperado cerca de metade da perda de receitas das lojas físicas.

A Inter Ikea e a Ingka são as duas empresas mais importantes na rede em expansão do império do mobiliário, desempenhando essencialmente os papéis de franqueador e principal franqueado.

Brodin disse ainda que a recuperação da Ikea tinha sido mais forte do que o esperado, com vendas desde junho em “velocidade máxima”. Os executivos pensavam, inicialmente, que se tratava apenas de uma procura reprimida, mas agora acreditam que reflete um novo interesse dos consumidores por mobiliário doméstico, uma vez que pandemia colocou um grande número de pessoas trabalhando a partir de casa.

(Com informações Executive Digest)

 

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