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Greve dos caminhoneiros chega ao oitavo dia

Por Jeniffer Oliveira - 25 de Maio 2018

Os protestos dos caminhoneiros nas rodovias do País chegaram ao oitavo dia. Mesmo após as concessões do governo federal, a categoria mantém o bloqueio de parte das estradas brasileiras. Indústrias do País inteiro sentem o impacto da mobilização. Para o setor de móveis não é diferente.

 

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Irineu Munhoz,  até a última sexta-feira, as moveleiras do polo já estão com cerca de 20% do faturamento mensal comprometido, mas se a greve não parar, esse número pode chegar a 40%.

 

“Várias empresas estão com paralisação parcial e algumas já estão com paralisação total. E o problema não é só a produção, já são três dias sem nenhum faturamento, pois as fábricas não conseguem despachar os móveis produzidos para a entrega”, explica Munhoz.

 

Lembrando que os últimos dias do mês são muito importantes para o faturamento das empresas, o presidente do Sima considera que a paralisação nesse período deixa a situação ainda mais crítica. E se a paralisação não for interrompida, ele acredita que todas as indústrias estarão parcialmente afetadas a partir de segunda-feira.

 

“Além de não receber matéria-prima e não conseguir entregar os móveis produzidos, as indústrias também estão sendo afetadas com a falta de funcionários, pois muitos já estão sem combustível para ir trabalhar”, complementa Munhoz.

 

Muitas empresas de São Bento do Sul (SC) e região também estão sendo afetadas com a crise do combustível. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmobil), José Antonio Franzoni,  ainda na sexta-feira algumas fábricas já tinham anunciado a paralisação total para essa semana. Embora os casos anunciados sejam bem pontuais, Franzoni acredita na possibilidade de uma paralisação maior das moveleiras se a greve dos caminhoneiros não cessar.

 

Os embarques de produtos, tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo, estão paralisados. “A motivação para a paralisação é justa, mas quando atrapalha o andamento da economia é o limite para voltar”, afirma Franzoni.

 

Na última sexta, a Amoesc e o Simovale também sinalizaram que as indústrias de móveis do Oeste de Santa Catarina vêm sofrendo com a paralisação dos caminhoneiros. A Movergs e o Sindmóveis de Beto Gonçalves também se pronunciaram a respeito.

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