Grife de móveis de luxo Breton também sente efeitos da crise
A loja de móveis de luxo Breton não abre os seus pontos de venda e opera com a capacidade do parque fabril reduzida desde o fim de março, quando a quarentena foi adotada em São Paulo para combater o avanço do coronavírus.
"Estamos atendendo de forma online, conseguindo fazer um ou outro negócio. Mas estamos com uma queda de 70% nas vendas", diz André Rivkind, CEO da empresa.
Corte de funcionários
André é a terceira geração da família a comandar a empresa, fundada há 53 anos. Desde o início da crise econômica provocada pelo coronavírus, a companhia cortou 12% do quadro dos funcionários – antes eram 450 - e aplicou a redução de jornada e salário para os trabalhadores. "Estamos tomando todas as medidas possíveis. Vamos sobreviver com muita dificuldade, muito esforço”, diz André. "Infelizmente tivemos que fazer demissões, apesar de todas as medidas do governo que nós estamos utilizando".
Em março, quando houve o início da crise, André já previa tempos difíceis pela frente. "Eu nunca tinha visto isso de desligar a economia e fazer a roda parar de girar", disse o empresário à época.
A Breton inaugurou um parque fabril em Diadema, na Grande São Paulo, em outubro de 2018. E tem lojas próprias e centros de distribuição em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Há ainda franquias abertas nas cidades de Campinas, São Jose dos Campos e Salvador.
"A fábrica está funcionado para atender os pedidos antigos. Com a redução da jornada, esticamos o prazo de entregas, o que nos desagrada muito porque a nossa prestação de serviço fica muito prejudicada", afirma o CEO da Breton.
Como se tornou comum entre os empresários, a Breton tem tido dificuldade para conseguir o financiamento aberto pelo BNDES nesse período de crise para capital de giro e financiamento de folha de pagamento. "Já demos todas as garantias, fizemos tudo, mas está difícil ver esse valor ser liberado”, lamenta.
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