Home Show foi termômetro positivo para retomada das feiras
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A segunda edição da Home Show Brasil aconteceu na última semana, nos dias 19, 20 e 21 de janeiro, no Expo Trade, na região metropolitana de Curitiba. Sendo o primeiro evento do setor moveleiro do ano, ele marca o retorno das feiras presenciais e foi, para os expositores, um verdadeiro termômetro em relação a esse novo momento do mercado.
Muitas marcas apostaram na Home Show para marcar o retorno aos eventos presenciais, portanto, as expectativas sobre a feira foram altas e o que não faltou foram novidades preparadas para a ocasião. No entanto, após o encerramento, a feira dividiu opiniões. Há quem viu suas expetativas superadas e se surpreendeu com a quantidade de negócios realizados e há também aqueles que esperavam mais do evento e que não conseguiram o que desejavam.
Para Leandro Panneitz, da Serrano Colchões e Estofados, a feira foi positiva e ele conseguiu novos clientes, inclusive de outros estados como Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. “Foi muito positiva a feira, surpreendente até... Já tinham me falado que a Home Show era uma feira boa, mas a gente não esperava tanto...”, comenta Panneitz. Para o evento a Serrano levou três lançamentos de colchões feitos com látex e couro e três lançamentos de sofás, item que agora tem se incorpora a marca pois, segundo Panneitz, são produtos mais atrativos aos olhos dos consumidores.
Matheus Viveiros, gerente da Gelius, também se mostrou satisfeito. “Foi uma ótima feira, em uma boa data, cheia de novidades e de bons negócios”, declara. A Gelius também aproveitou a oportunidade para fazer o lançamento de novos produtos, entre eles móveis infantis (guarda-roupas e berço), dormitórios adultos, painéis e homes.
Pela primeira vez na Home Show, Marcos Oliveira, gerente comercial da Cimol, afirmou que o evento superou suas expectativas em negócios com clientes de várias regiões do Brasil. Para ele, ainda é bastante desafiador voltar para as feiras presenciais, mas esse contato “cara a cara” é muito importante e estava fazendo falta. “A data é muito boa, faz a gente começar o ano com o pé direito e cheio de perspectivas de negócios”, comenta. “Apresentamos vários lançamentos na feira, nossos itens são de madeira de produção própria e estamos com cores novas no catálogo”, destaca o gerente comercial.
Matheus Salata, representante comercial da HB também achou a feira foi melhor do que esperava. Segundo ele, foi uma oportunidade de observar as novidades do mercado e fazer networking. Como novidade a HB mostrou novos painéis e racks, destacando que a empresa conseguiu um bom número de vendas no evento.
A Ecoflex também obteve resultado positivo. “Ao longo da feira recebemos clientes, fizemos vários contatos e ainda abrimos um grande leque de novas prospecções”, afirma o comercial da empresa.
Mas o gerente de grandes compras da Poquema, Ronaldo Herreira, afirmou que apesar de ter mantido contato com clientes de São Paulo, do Rio de Janeiro e até mesmo do Nordeste, o resultado de negociações foi abaixo do esperado. Ele conta que usou o evento como um termômetro para decidir se irá ou não em outras feiras do setor esse ano. “As pessoas ainda estão com muito medo da Covid, a quantidade de visitantes nem se compara com a de antes da pandemia...” E como a aposta da marca na feira era alta, levou 13 produtos novos para lançar na Home Show.
Ibrahim Abdoune, proprietário da loja Show de Cadeiras, de Santos (SP), frequenta feiras por todo o Brasil. Para ele, de fato, o movimento da feira foi fraco, no entanto, isso não foi um impeditivo para o fechamento de bons negócios. “Nada substitui uma feira, porque aqui os vendedores estão proativos, focados em te atender e vender para você, então é um ambiente favorável para o fechamento de negócios, muito diferente de quando ligamos para os fabricantes no meio do dia e eles estão cheios de outras coisas para fazer...”
Nathan Tamanho, proprietário da loja WebSize Commerce, que vende móveis online desde o começo da pandemia, considera a Home Show a primeira experiência em feiras. Para ele, que está planejando ter um espaço físico e fazer sua marca crescer, o evento foi uma excelente oportunidade para encontrar novos parceiros e trazer para o físico o que está acostumado a ver e fazer no digital. “A gente conseguiu vários negócios e estamos bem contentes”, comentou Tamanho. “Em 2022 a gente quer continuar crescendo, não queremos parar na curva”, conclui o empresário.
Assim, o setor moveleiro volta aos poucos a ser aquecido pelas feiras e eventos que prometem cada vez mais público até voltar ao ritmo anterior a pandemia.
E, falando em feira, não perca essa semana no Portal da Móveis de Valor e em nossas redes sociais a cobertura completa da Femur 2022 que está acontecendo em Ubá (MG) e também promete impulsionar essa retomada dos eventos do setor.
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