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Hora de moveleiros e fabricantes de painéis se unirem pelo RS

Por Natalia Concentino - 15 de Maio 2024

No programa 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi, um dos assuntos é a forte queda da produção de móveis no primeiro trimestre do ano. Em todas as variáveis da pesquisa mensal do IBGE o volume de produção de móveis apresenta resultados pífios. 

 

Na variação mês a mês, março recuou 3,4%, eliminando mais do que a alta do mês anterior. Na comparação com igual mês de 2023, março despencou 7%, o dobro da alta que havia registrado no mês anterior. Com estes números, o que era positivo no acumulado do ano até fevereiro, passou para negativo no final do 1º trimestre em -1,4%.

 

Na análise de 12 meses, o comportamento negativo observado em janeiro e fevereiro acentuou-se em março com -2,6%.

 

Em contrapartida, a venda de móveis no varejo sinaliza recuperação se comparada a 2023. uma análise das vendas do 1º trimestre de 2024 permite projetar um ano melhor do que foi 2023. Nos três primeiros meses do ano passado as vendas registravam recuo de 5,9% em volume. Agora, o volume evoluiu com apenas 0,6% de recuo, e a receita estabilizou em 1,0%. 

 

Isso significa que houve um achatamento dos preços, o que fica bem visível no IPCA de 2023. A defasagem de móveis para o índice geral é de 0,9%. Na taxa anualizada, os resultados do 1º tri/24 são bem melhores do que em igual período de 2023. O volume comercializado na época estava com forte queda, -12,0%, enquanto agora é de “apenas” -4,0%.

 

leia: Saiba como alcançar a excelência em produtividade e qualidade

 

Cá entre nós

 

No seu tradicional comentário, Ari Bruno Lorandi abre novamente espaço para a tragédia enfrentada no Rio Grande do Sul, só que dessa vez ele faz uma crítica aos produtores de MDF e moveleiros, que ainda não estão organizando movimentos de doações de matérias-primas para indústrias interessadas em produzir móveis para a população gaúcha que perdeu tudo nas enchentes.

 

“No Rio Grande do Sul a Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato (Cimol), de Taquara, começou a fabricar móveis para doar às vítimas da região que foram atingidas pelas enchentes. Serão 50 camas e 50 balcões de pia. Mas os alunos do curso de móveis poderiam produzir muito mais, se os produtores de painéis de MDF fizessem doações.

 

Mas até agora a entidade que congrega as indústrias de painéis de madeira, a Ibá, não tomou nenhuma iniciativa de coordenar um movimento de doação de matérias-primas para as indústrias interessadas e produzir móveis para a população gaúcha que perdeu tudo nas enchentes. 

 

Se os grandes não se movimentam, uma pequena marcenaria, a MB Móveis, de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, promete fazer a diferença na vida de algumas famílias afetadas pelas enchentes.

 

São exemplos que deveriam ser encampados por entidades do setor, e deixar para o setor público as obras viárias e outras que são de sua responsabilidade”.

 

Confira o programa e o comentário completo do Cá entre nós no player acima.

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