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IAV-IDV projeta altas nas vendas do varejo

Por Edson Rodrigues - 24 de Maio 2013
Segundo projeções do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), após o “efeito calendário” provocado pela Páscoa, que afetou a base de comparação de março e abril deste ano, em relação a 2012, as vendas do varejo voltam a apontar forte alta em junho e julho, com crescimento real de 9% e 7,8%, respectivamente, em comparação com os mesmos períodos do ano passado.

Esse ano, em abril, os associados apontaram um crescimento realizado das vendas de 1,9%, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Isso aconteceu por causa da alocação das festividades de Páscoa para março, ao contrário de 2012, que caíram em abril, influenciando a base de comparação, principalmente, no segmento dos bens não-duráveis, de maior peso nas aferições do setor.

Uma recuperação no crescimento real no conceito mesmas lojas também está sendo apontada pelo IAV-IDV. De acordo com as projeções, este aumento será de 1,4%, 3% e 1,9% em maio, junho e julho, respectivamente, sempre em relação ao mesmo período de 2012.

O varejo de não-duráveis, que corresponde pelas vendas de alimentos, entre outros, que teve queda de 4,5% em abril, aponta forte recuperação em maio, com crescimento de 5,8%.

O setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, foi o que apresentou desempenho mais constante no período. Os associados apontaram alta de 8,7% das vendas realizadas em abril e estimam um crescimento de 10,6% em maio. Para junho e julho, observa-se uma manutenção das vendas em dois dígitos, com expectativa de crescimento de 11,2% e 10,3%, respectivamente.

Mesmo com retorno gradual das alíquotas originais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os itens de linha branca e móveis até junho deste ano, os estima-se que o segmento de bens duráveis retome a taxa de crescimento em maio, com alta 7,3%. Porém, para junho e julho, o IAV-IDV aponta uma desaceleração do segmento, com estimativas de alta de 6% e 4,2%, respectivamente, na comparação com mesmos meses de 2012. Em abril, houve alta de 7,4%.

“A aposta do varejo para 2013 são os bons números do binômio emprego e renda e a expansão da oferta de crédito ao consumidor ao longo do ano. Além disso, as projeções dos analistas de mercado estimam uma expansão de 2,98% para o PIB neste ano e 3,5% para 2014”, explica Flávio Rocha o presidente do IDV.


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