Mais uma idosa é enganada ao comprar móveis
O caso da aposentada Maria Celeste Rodrigues, de 66 anos, exemplifica como as pessoas com mais idade podem ser lesadas nas relações de consumo. Maria foi até a loja de uma grande rede varejista, em Belo Horizonte (MG), para comprar uma mesa com quatro cadeiras e um fogão de seis bocas, mas saiu de lá com dez seguros, contratados sem que ela soubesse. O fato ganhou visibilidade recentemente, mas ocorreu no início do ano.
“Como eu estava sem óculos, assinei os papéis sem ler, não sabia que eram os contratos dos seguros. Ninguém me falou nada. Era seguro de tudo quanto é tipo: de vida, de garantia estendida, para cobrir perda de renda por incapacidade de trabalho e por aí vai”, lembra a aposentada.
Com isso, o preço da mesa passou de cerca de R$ 400,00 para mais de mil reais. O fato só foi descoberto pela filha da cliente, que estranhou o aumento no preço. Após a queija no Procon Assembleia, em BH, todos os contratos de seguros foram cancelados.
“Como uma pessoa aposentada pode correr risco de perde renda por incapacidade de trabalho?”, questiona o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, informando que o fato pode ser considerado como uma prática abusiva, prevista no artigo 39, inciso IV, do Código de Defesa do Consumidor. “É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços”, diz o texto da lei.
Segundo a delegada Silvia Helena de Freitas, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor da Policia Civil de Minas Gerais, as queijas de golpes contra idosos são frequentes e variadas. “São ofertas de almofadas térmicas, produtos fitoterápicos, colchões magnéticos milagrosos, etc. E para dar mais credibilidade, os vendedores em muitos casos vestem jalecos brancos”, relata a delegada.
(Com informações do jornal O Tempo)
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