IKEA não tem mais onde inovar? Laboratório de inovação fechou

O laboratório estava encarregado de manter a relevância de mercado da IKEA e dar resposta aos principais desafios sociais da empresa, como “urbanização, escassez de recursos, alterações climáticas, segurança alimentar ou solidão”, conforme se pode ler no site da marca de mobiliário sueca.

 

Em colaboração com especialistas, o Space10 examinava possíveis soluções para estes desafios. Criavam protótipos e tentavam transformar ideias “em produtos ou serviços com significado".

 

Depois de 10 anos em funcionamento, o Space10 fechou as portas. Aos meios de comunicação, os fundadores do laboratório dizem ter atingido todos os objetivos. “Atingimos, basicamente, todos os objetivos que estabelecemos para nós mesmos quando criamos a parceria" entre a IKEA e a comunidade artística dinamarquesa ArtRebels, afirma o cofundador Simon Caspersen.

 

"Quando começamos, não havia mais ninguém na IKEA trabalhando em inovação. Nem sequer era um nome que utilizassem na empresa”, recorda Kaave Pour, co-fundador. “Agora há centenas de pessoas, se não milhares, trabalhando no âmbito da inovação", acrescenta.

 

 

A Ikea Place, a aplicação de realidade aumentada que permite aos consumidores ver como fica uma determinada peça de mobiliário nas suas casas, é um dos trabalhos mais conhecidos do Space10. A sugestão vegetariana das famosas almondegas da marca, confeccionadas com opções mais sustentáveis, foi também uma ideia implementada pelo laboratório de inovação.

 

 

Uma vez concluídas as metas, os fundadores tomaram a decisão de cerrar as portas do laboratório e salientam a importância de sair do mercado enquanto ainda está em vantagem. "Muitos gostariam de continuar a sobreviver e a trabalhar para se manterem vivos. Acho que isso faz parte da natureza humana", afirma Kaave Pour. "Mas também acho que, por vezes, há um valor acrescido em sermos honestos conosco, e com o que estamos fazendo, e terminarmos em alta”, conclui.

 

(Com informações imagemdemarca.pt)