Inadimplência acumula quatro meses de recuo
O percentual de famílias endividadas recuou para 61,3% em janeiro de 2018, apresentando queda em relação a dezembro passado (62,2%). O dado é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Vale registrar, no entanto, que, na comparação anual, houve alta de 2,6 pontos percentuais no indicador.
O estudo da CNC ressalta que a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu em janeiro, atingindo 25% das famílias, ante 25,7% em dezembro. Na comparação com janeiro de 2017, entretanto, houve alta de 1,1 ponto percentual.
A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes recuou de 9,7% em dezembro para 9,5% em janeiro, apresentando queda também em relação aos 10,2% de janeiro de 2017. “A queda das taxas de juros e a recuperação da renda do trabalho têm favorecido uma melhora gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento”, afirma Marianne Hanson, economista da CNC.
Nível de endividamento
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas diminuiu entre os meses de dezembro de 2017 e janeiro de 2018 – passando de 14,1% para 13,6% do total de famílias. Na comparação anual, também houve queda de 0,8 ponto percentual. Por outro lado, o percentual de famílias que se declararam pouco endividadas teve alta na comparação anual: passou de 23,1% para 24,4% do total de entrevistados.
Prazo de endividamento
O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 65 dias em janeiro de 2018, inferior aos 65,6 dias de janeiro de 2017. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de sete meses, sendo que 32,2% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 22,2% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Para 77,4% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido de carnês (16,9%) e financiamento de carro (11,0%).
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.
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