Indústria amplia negócios com países árabes
O crescimento das exportações de móveis para países árabes do Golfo foi destaque de janeiro a julho, segundo dados divulgados pelo Sindmóveis de Bento Gonçalves, do Rio Grande do Sul. Emirados Árabes Unidos, com crescimento de 90%, Arábia Saudita, com alta de 67%, e Omã, com embarques 47% maiores, foram alguns dos mercados com desempenho relevante no período.
De acordo com o diretor internacional do Sindmóveis, Leonardo Dartora, o principal fator que proporcionou os bons resultados foi o retorno do setor brasileiro à Index Design Series - importante feira em Dubai, nos Emirados. “Em 2016 não houve participação brasileira, mas voltamos esse ano. E foi uma feira boa para nós, pois foca muito no design, algo que ajuda muito a indústria brasileira”, afirmou o diretor.
No mercado árabe, o móvel brasileiro compete principalmente com produtos asiáticos, mas leva vantagem por oferecer preço mais baixo e design diferenciado, algo que os consumidores árabes procuram, especialmente na Arábia Saudita. Inclusive, o país é um dos que apresenta maior potencial de crescimento, de acordo com Dartora. “É uma população grande, com alto poder aquisitivo. Acredito que nos próximos anos a Arábia Saudita inclusive supere os Emirados Árabes e se torne o principal destino árabe para os móveis da região de Bento Gonçalves”.
De janeiro a julho, os embarques para os Emirados somaram US$ 2,967 milhões, deixando o país na 18ª posição do ranking de clientes do produto nacional. A Arábia Saudita ficou na 40ª posição, mas subiu 11 postos na comparação com 2016, atingindo US$ 574 mil em embarques. Omã foi o 55º maior mercado no geral – à sua frente, também árabes, apareceram Argélia (53º) e o Catar (54º), mas ambos registraram queda na comparação com os primeiros sete meses do ano passado. Para a cidade gaúcha de Bento Gonçalves, isoladamente, os Emirados Árabes foram o 14º principal mercado, a Arábia Saudita o 16º no período e Omã ficou na 35ª posição.
Dartora aposta que a tendência para toda a região é de crescimento, principalmente após a participação positiva da indústria brasileira na feira. “As portas foram abertas, os contatos foram estabelecidos e as empresas agora já são conhecidas. Indústrias que antes não miravam o Oriente Médio com certeza agora passarão a olhar com mais atenção este mercado”.
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