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Indústria de móveis com otimismo moderado

Por Edson Rodrigues - 05 de Dezembro 2011
Período alto das negociações das indústrias moveleiras, os meses de setembro a dezembro deste ano apresentaram um leve aquecimento. Fatores macroeconômicos recomendam um "otimismo moderado", pois as importações excessivas, os pesados tributos, juros elevados, o endividamento da classe média podem afetar o nível de vendas.

Na avaliação do presidente da Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (Amoesc) e do Sindicato da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai (Simovale), Osni Verona, uma política de apoio ao setor, como a redução de tributos é recomendada.

Vendas

Segundo visão do presidente, as vendas de final de ano estarão estáveis, devido à confiança dos empresários que está em baixa. Porém em relação ao mesmo período de 2010, Verona acredita haver um avanço, mesmo que tímido em torno de 5%.

O endividamento das classes B e C, pode não interferir no mercado, pois com o crédito concedido aos consumidores emergentes, o comércio aproveitará a oportunidade para liberar mais crédito e ofertar produtos chamativos aos consumidores.

Crise

Com o aquecimento pelas vendas de Natal, o setor moveleiro acredita no mercado interno. Para Verona, as C e D estão em busca de satisfação e buscarão realizar seus sonhos, consumindo mais que no final de 2010.

Segundo o presidente, 2012 será um ano de grandes expectativas e preocupações com a crise nos países de primeiro mundo. No Brasil, empresários deverão diminuir o ritmo porque não temos mão de obra qualificada e trabalhamos dois dias e folgamos um. Além disso, existem os feriados nacionais e religiosos, excesso de profissionais recebendo seguro desemprego, e sindicatos querendo a redução de jornada de trabalho e aumento real de salários. O custo Brasil com o programa Brasil Maior, ou seja, imposto maior será um tsunami.

Motivação

Com a implantação do novo Simples a partir de janeiro de 2012, as empresas de móveis que enquadram-se no patamar de R$ 60 mil anuais, terão maior incentivo, além dos programas que já estão ativos, como a redução do IPI para móveis estofados, que era de 10% até setembro de 2009 e está em 5%.

Segundo Verona, estes programas motivarão o crescimento das empresas que podem trabalhar sem se preocupar com o teto do Super Simples. " O grande efeito industrial de 98% das micros e pequenas empresas será na busca de novos mercados e ampliação da oferta de produtos no mercado interno, principalmente, para as classes emergentes que estão comprando muito." destacou.
Feira

A feira Mercomóveis acontecerá em setembro de 2012 e será uma das melhores edições de todos os tempos. Segundo Verona, empresários do oeste de Santa Catarina investem forte nesta feira que é a maior de Santa Catarina e a terceira do Brasil.

"Aplicaremos estratégias mais ousadas para fazermos acontecer à melhor Feira de negócios do setor madeira móvel, com apoio da Fiesc, junto ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, projeto extensão industrial exportadora (PEIEX)." informou Verona.
Perspectivas para 2012

Para Verona, o cenário, de estímulo à importação, com câmbio favorável, combinados com os mais altos juros do planeta e uma carga tributária elevada, derrubará a competitividade da indústria, que enfrenta uma competição cada vez mais forte, o que é agravado com a redução da atividade econômica na Europa e nos Estados Unidos.

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