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Indústria de móveis é a que mais sofre com falta de insumos

Por Natalia Concentino - 30 de Novembro 2020

Uma sondagem especial feita recentemente pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aponta que o percentual de indústrias com dificuldade para atender seus clientes aumentou de 44% para 54% entre outubro e novembro. E as moveleiras lideram os dois rankings elaborados pela CNI na sondagem, tanto de dificuldade para atender os clientes como para a obtenção da matéria-prima.

A CNI fez uma comparação e constatou que a indústria geral (transformação e extrativa) é a que mais sofre com o desabastecimento de insumos e atendimento dos clientes – categoria em que as indústrias de móveis se encontram. 75% dessas indústrias registraram dificuldades para obter matérias-primas ou insumos domésticos, enquanto 73% das indústrias de construção passam pela mesma situação.

“A dificuldade para atender a demanda dos clientes continua sendo maior no setor de Móveis. Em novembro, 81% das empresas do setor encontravam dificuldades para atender seus clientes, ante 70% em outubro”, diz um dos trechos do relatório feito pela CNI. O gráfico abaixo ilustra justamente esse percentual:

 

Tabela 1 - Empresas com dificuldades para atender clientes, por setor da Indústria de Transformação Percentual do total de respostas de cada setor (%)

Móveis
81%
Máquinas e equipamentos
74%
Produtos de madeira
72%
Produtos têxteis
71%
Veículos automotores, reboques e carrocerias
68%
Produtos de minerais não metálicos
67%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
65%
Produtos de material plástico
64%
Metalurgia
64%
Produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos)
63%
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
62%
Bebidas
55%
Produtos de borracha
55%
Produtos diversos
54%
Couros e artefatos de couro
51%
Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (HPPC)
51%
Químicos (exceto HPPC)
50%
Outros equipamentos de transporte
50%
Coque e derivados do petróleo
45%
Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros
42%
Calçados e suas partes
35%
Impressão e reprodução de gravações
35%
Produtos alimentícios
34%
Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos
33%
Produtos farmoquímicos e farmacêuticos
31%
Biocombustíveis
8%
Fonte: Sondagem Especial 79 CNI

 

leia: MÓVEIS E ELETROS APRESENTAM RETRAÇÃO NO COMÉRCIO EM OUTUBRO

Com relação aos números registrados sobre as dificuldades para conseguir insumos e matérias-primas, vemos um agravamento geral da situação, como podemos ler em mais um dos trechos retirados do relatório: “Em novembro, 75% empresas das Indústria de Transformação e Extrativa enfrentaram dificuldades para conseguir insumos domésticos, sendo que 25% das empresas enfrentou muita dificuldade. As proporções superam as registradas em outubro, ou seja, o problema se agravou. Em outubro, 68% das indústrias estavam enfrentando dificuldades para conseguir insumos ou matérias-primas produzidas no país, sendo que 24% afirmaram ter muita dificuldade. O percentual de empresas com dificuldades aumentou para todos os portes”.

E mais uma vez o destaque negativo vai para o setor de móveis, no qual 95% das empresas relatam ter enfrentado dificuldades para conseguir insumos e matérias-primas no mês de novembro, pouco mais que os 92% registrados em outubro.

 

Tabela 2 - Empresas com dificuldade para obter matérias-primas ou insumos domésticos, por setor da Indústria de Transformação Percentual do total de respostas de cada setor (%) 

Móveis
95%
Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (HPPC)
90%
Calçados e suas partes
87%
Produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos)
87%
Máquinas e equipamentos
87%
Veículos automotores, reboques e carrocerias
86%
Celulose, papel e produtos de papel
84%
Produtos têxteis
83%
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
83%
Produtos de madeira
83%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
81%
Metalurgia
80%
Impressão e reprodução de gravações
79%
Produtos de material plástico
78%
Bebidas
77%
Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros
77%
Químicos (exceto HPPC)
74%
Produtos diversos
73%
Produtos alimentícios
72%
Couros e artefatos de couro
71%
Produtos de minerais não metálicos
71%
Produtos farmoquímicos e farmacêuticos
69%
Outros equipamentos de transporte
67%
Produtos de borracha
66%
Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos
59%
Biocombustíveis
51%
Coque e derivados do petróleo
45%
Fonte: Sondagem Especial 79 CNI

 

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