Indústria de SC que iniciou dentro de presídio já exporta
A Berflex, que trabalha com a produção de colchões, espumas e estofados, já exporta para três países da América do Sul (Paraguai, Uruguai e Bolívia) e recentemente iniciou a venda de produtos também para o Caribe, na República Dominicana.
Tudo começou dentro da unidade prisional de São Cristóvão do Sul, na região de Curitibanos, em Santa Catarina, no ano de 2009.
O empresário Nilso Berlanda, viu uma oportunidade de contribuir com a ressocialização dos detentos da penitenciária por meio do trabalho.
Ele decidiu investir na construção de uma fábrica de estofados.
Desde então, mais de 10 mil apenados já foram beneficiados por atuarem na produção dentro da unidade.
Além de receberem um salário, o trabalho também contribui para a redução das penas.
Em abril deste ano, a empresa, que faz parte do Grupo Berlanda, recebeu um reconhecimento nacional em Brasília pela iniciativa.
Crescimento
Poucos anos após iniciar a produção de estofados dentro da penitenciária, o empresário abriu mais uma fábrica, só que dessa vez fora do sistema penal.
Em Curitibanos, foi instalada uma unidade para produção de espumas e estofados.
Em 2019, as duas operações, dentro e fora do cárcere, se fundiram, formando a Berflex.
Segundo Berlanda, a exportação hoje representa entre 3% e 5% do faturamento da empresa.
Somente de dentro da penitenciária são produzidos cerca de 200 estofados todos os dias, material suficiente para encher cinco carretas.
Já da unidade de Curitibanos saem cerca de 600 colchões diariamente.
E este número vai aumentar.
Está em andamento um investimento de aproximadamente R$ 6 milhões para ampliar a produção de espumas e colchões.
A expectativa é que a obra esteja concluída em setembro.
Com a ampliação, será possível produzir até mil colchões por dia.
Assim, será possível ampliar também as exportações e, quem sabe, conquistar o público de mais países da região.
Nilso Berlanda, que comanda um grupo com mais de 200 unidades de negócio em Santa Catarina e também no Rio Grande do Sul, afirma:
“Esse projeto é um exemplo vivo de como o trabalho dentro do sistema penal pode transformar vidas, gerar empregos e contribuir significativamente para a segurança pública e a prevenção à criminalidade. É uma prática sustentável e socialmente responsável”.
Fonte: https://www.noticenter.com.br/
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