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Indústria moveleira colabora com retomada do Rio Grande do Sul

Revisado Natalia Concentino - 15 de Agosto 2024
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Fábrica de móveis | Divulgação/Multimóveis

A pior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, ocorrida entre o final de abril e o início de maio de 2024, deixou marcas que por muito tempo serão lembradas pelos gaúchos. Nesse momento de reconstrução, com famílias e empresas aos poucos se reerguendo, o setor moveleiro lança uma luz de otimismo. Mesmo com dificuldades de diferentes ordens, as indústrias conseguiram encerrar o primeiro semestre do ano com números positivos no faturamento, nas exportações e na geração de empregos. Além de ajudar a movimentar a economia, diversos empresários realizaram ações de solidariedade para ajudar a minimizar as perdas dos conterrâneos.

 

De janeiro a junho de 2024, as mais de 2.400 indústrias moveleiras do estado registraram faturamento acima de R$ 6.14 bilhões – crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados da Secretaria da Fazenda. O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Euclides Longhi, pondera que o acréscimo não necessariamente significa maior lucro. “Além de enfrentarem adversidades, muitas indústrias, em gesto de solidariedade, abriram mão de parte dos seus lucros para fazer doações em prol da população afetada. Também flexibilizaram as negociações para ajudar tanto o varejo quanto o consumidor final”, explica.

 

Longhi confirma que o setor também sentiu impactos, seja pelo aumento de custo e prazo da logística, seja pelos prejuízos nas fábricas. “As consequências variam de região para região. Na Serra, por exemplo, poucas indústrias tiveram a estrutura prejudicada. Já na região metropolitana de Porto Alegre, há relatos de pequenas e médias empresas com diferentes níveis de prejuízo”, avalia. “De modo geral, o setor está conseguindo contornar a situação e a Movergs se mantém disponível para auxiliar as indústrias moveleiras. Especialmente neste momento, é muito importante que as nossas empresas se fortaleçam, produzam, atendam às demandas do mercado e continuem gerando empregos e renda para a população gaúcha”, afirma o presidente da entidade.

 

Estradas parcial ou totalmente bloqueadas foram um desafio para as indústrias que exportam móveis, principalmente para acessar o porto de Rio Grande, pois tornaram os percursos mais longos e caros. Ainda assim, o setor movimentou US$ 119,7 milhões em transações com 98 países (destaque para Estados Unidos, Chile e Uruguai, os três maiores compradores). Esse montante é 6,8% maior do que o registrado no primeiro semestre de 2023. O diretor Internacional da Movergs, Daniel Segalin, ressalta a resiliência do setor moveleiro. “Em um momento extremamente conturbado no Rio Grande do Sul, os empresários conseguiram cuidar das suas próprias empresas, estender a mão para a população e fazer o possível para atender às demandas do mercado interno e externo”, comenta.

 

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Reflexo nos empregos

 

O aumento da produção e das vendas impactou positivamente o mercado de trabalho, gerando oportunidades de renda para famílias de diferentes regiões do estado. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até julho de 2024 foram criados 143 postos de trabalho – totalizando 36.003 profissionais em atividade nas indústrias moveleiras do RS.

 

Solidariedade com pessoas e empresas

 

Além das ações de solidariedade próprias de cada empresa, a Movergs criou a campanha “Apadrinhe uma Cidade”, convidando indústrias de móveis de todo o Brasil a doarem mobiliários às famílias das cidades atingidas. A entidade também apoiou a ação “Unidos por Bento”, que focou na reconstrução de estradas na Serra gaúcha. Pensando na importância da reconstrução do varejo, a Movergs apoiou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em uma campanha voltada para a doação de balcões de atendimento para auxiliar comerciantes na retomada dos negócios. “É emocionante ver a gratidão das pessoas ao receberem qualquer tipo de amparo. E é muito gratificante saber que a Movergs, por meio da sua diretoria, equipe técnica, conselhos e associados, mais uma vez se mostrou engajada e solidária neste momento que o Rio Grande do Sul enfrenta a maior catástrofe climática da sua história”, diz Euclides Longhi, presidente da entidade.

 

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