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Indústria tem desempenho fraco este ano

Por Edson Rodrigues - 16 de Junho 2014
Muitos trabalhadores da indústria poderão assistir aos jogos da Copa em casa. E não só os do Brasil. Mas não necessariamente por vontade própria. A desaceleração da economia, associada à fraca demanda e aos feriados durante o período do mundial, levou fábricas de diferentes áreas, especialmente as de bens duráveis, a dar férias coletivas aos empregados ou a mudar a jornada de trabalho neste mês de junho.

Entre os setores que decidiram dar ou antecipar férias coletivas, além do automotivo, estão os de eletrodomésticos, eletrônicos e de móveis.

Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), por exemplo, aponta que 58% das empresas do setor eletroeletrônico estão prevendo perdas em sua produção durante a Copa e que 33% das companhias estão preparando jornada especial no período, numa tentativa de amenizar as perdas.

O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que, ao contrário do esperado para o setor de serviços, a indústria poderá ter “algum prejuízo” com a Copa.

Estoques em alta
Sem sinais de aquecimento do consumo no curto prazo e sem novos pedidos de encomenda do varejo, parte da indústria já dá o 1º semestre como praticamente fechado e decidiu recorrer às férias coletivas para ajustar sua produção atual à demanda.

“Para a indústria, a Copa já passou. É o que está nas lojas”, afirma o presidente da Abimóvel (Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário), Daniel Lutz. Segundo ele, as férias coletivas ou a redução da jornada de trabalho estão entre as estratégias adotadas pelas empresas do setor para lidar com os estoques altos. “O mês de junho continua parado. O varejo parou de comprar e acredito que o mercado só irá reagir depois da Copa”, disse.

Com informações do G1

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