Inflação de móveis é um terço da geral

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro variou 0,48%, acima da taxa de -0,09% registrada em agosto. Este resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o IPCA registrou 0,54%. O acumulado no ano ficou em 3,34%, acima do 1,78% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,53%, acima dos 4,19% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2017, a taxa atingiu 0,16%.

 

A inflação de setembro, a mais alta nos últimos três anos, não tem contribuição do mobiliário. Ao contrário. Se dependesse exclusivamente dos móveis, o IPCA deste ano seria de 1,19% e dos últimos 12 meses não passaria de 0,96%.

 

Em setembro, o item mobiliário registrou elevação de apenas 0,04% no varejo. E no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre ocorreu deflação no mês. Móveis para sala, por exemplo, em Belo Horizonte registraram queda de 2,57%. Em compensação, colchão subiu 4,85% no mês em Salvador.

 

De janeiro a setembro, mobiliário subiu 1,19%, com o índice mais alto entre as 16 capitais pesquisadas em Salvador com 6,21% e 12,51% no segmento de colchão. O maior recuo no preço dos móveis nos nove meses do ano ocorreu em São Paulo, com -2,20%. Por segmento, a maior baixa foi registrada no segmento de móvel infantil, em Recife (-8,79%).

 

No acumulado dos últimos 12 meses, mobiliário registra alta de apenas 0,96% ante inflação geral de 4,53%. As maiores altas foram registradas em Salvador, com 4,81% e Belo Horizonte, com 4,45%. As maiores quedas ocorreram em Aracaju, com -2,42% e São Paulo, com -200%. Os campeões de queda no último ano foram: móvel para sala em Belém (-4,29%) e móvel infantil no Recife (-11,70%).

 

Veja abaixo o quadro completo do IPCA de setembro: