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Inteligência Artificial ainda causa medo nas grandes corporações

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Imagem: Freepik

A Inteligência Artificial (IA) já não é mais promessa — é urgência. Mas, para os CEOs, o desafio vai além da tecnologia: é sobre liderança diante do desconhecido.  Pesquisa global da Cicso com 2,5 mil CEOs revelou um paradoxo: 82% reconhecem os benefícios da IA para os negócios, mas apenas 2% se dizem realmente preparados para adotá-la. Ou seja, há uma consciência da oportunidade, mas também uma lacuna real de prontidão. O medo existe — e é legítimo. 

 

Entre as principais barreiras percebidas, 40% dos líderes apontam a falta de habilidades e conhecimento interno como o maior entrave. Em seguida vêm limitações de infraestrutura (35%), questões de segurança (34%) e restrições orçamentárias (33%). Além disso, 26% dos CEOs confessam ter dificuldade pessoal de entendimento do tema — um dado que revela o quanto a transformação exigirá também uma jornada de aprendizado da alta liderança. 

 

Essa insegurança tem impacto direto nas decisões estratégicas. Muitos CEOs ainda hesitam em avançar por não enxergar claramente como aplicar a IA com segurança, ética e retorno tangível. A escassez de casos de uso convincentes, somada à dificuldade em medir o ROI da tecnologia, aumenta o risco de paralisia. 

 

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Mas o mercado não espera. A corrida da IA é, acima de tudo, uma corrida por liderança. Quem for capaz de superar o medo e tomar a frente no desenvolvimento de um plano estruturado sairá na frente. Isso começa por um roadmap claro — que alinhe a IA aos objetivos centrais do negócio — e exige, além de investimento, uma mudança cultural e organizacional. 

 

A boa notícia é que os próprios CEOs já têm clareza sobre os primeiros passos. Segundo a mesma pesquisa, as ações prioritárias para a adoção da IA incluem melhorar a educação sobre o tema (61%), expandir a capacidade de dados (55%), reforçar a infraestrutura de rede (53%) e requalificar a força de trabalho (51%). O desafio agora é transformar intenção em execução. 

 

A inteligência artificial não é mais um debate técnico — é um teste de visão, coragem e capacidade de agir. E quem lidera precisa estar pronto para ir com medo mesmo. 

 

Fonte – Câmara Americana de Comércio - AMCHAM

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