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Intenção de compra em 2014 está abaixo da média

Por Edson Rodrigues - 09 de Janeiro 2014
Quase metade dos paulistanos (49,6%) pretende comprar um bem durável - como geladeira, carro e móveis - neste primeiro trimestre. O índice, de acordo com a pesquisa do Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), é menor do que no mesmo período de 2012 (56,8%). Na comparação com o último trimestre de 2013, a intenção geral de consumo do paulistano aumentou 2,8 pontos percentuais, mas o índice continua "num patamar bem abaixo das médias históricas", diz Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar. "O alto comprometimento da renda impede a alta do consumo", afirma.

Entre as 13 categorias pesquisadas, os entrevistados diminuíram a intenção de comprar itens de informática, material de construção, imóveis e vestuário e calçados, em relação ao mesmo período do ano passado. A linha branca, por outro lado, teve o maior aumento de pretensão de compra. O segmento também registrou a intenção de gasto mais alta - R$ 2.487 - desde o início da série histórica, em 1999. No entanto, apenas 10,6% dos entrevistados pretendem comprar algum produto de linha branca no primeiro trimestre, um índice considerado baixo.

Descontados os desembolsos básicos das famílias com alimentação, habitação, educação e vestuário, entre outros, deve "sobrar" apenas 9% do orçamento para outros gastos no primeiro trimestre deste ano, ante 11,4% no mesmo período de 2013, segundo o estudo. Crediário, alimentação e educação são as áreas que mais comprometem a renda das famílias, cada um respondendo por cerca de 20% das despesas.

A pesquisa verificou ainda que uma melhor expectativa de emprego no primeiro trimestre - algo que impacta diretamente a confiança do consumidor - não se traduziu totalmente em disposição de compra. Do total de pessoas que estavam desempregadas no ato da pesquisa, 74,65% esperavam permanecer nessa situação entre janeiro e março - 25,35% tinham expectativa de se recolocar. No entanto, a intenção de compra do consumidor não se recuperou na mesma intensidade entre o último período do ano passado e o primeiro trimestre deste ano. 

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