Intenção de Consumo recua
A Intenção de Consumo das Famílias, apurada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), atingiu 77,8 pontos em abril deste ano – recuo de 0,5% na comparação com março. Entretanto, o indicador avançou 6,2% ante abril de 2016, de acordo com a CNC.
Dentre os itens avaliados, a perspectiva profissional das famílias cresceu 3,7% na comparação com abril de 2016; contudo, o item teve queda de 2,4% ante março deste ano. Já a avaliação das famílias em relação ao emprego atual teve a terceira variação mensal positiva consecutiva (aumento de 0,4% em relação a março e de 5,7% na comparação anual).
Os itens Perspectiva de Consumo e Acesso ao Crédito também registram alta na comparação mensal (+0,6% e +1%, respectivamente). O item Momento para Duráveis apresentou queda de 3,8% na comparação mensal, segunda variação negativa consecutiva após sete meses seguidos em alta. Em relação a 2016, o componente mostrou aumento de 14,1%.
A CNC avalia que, após 11 trimestres, a economia parece ter atingido um ponto de inflexão no primeiro trimestre deste ano. As notícias favoráveis à retomada da economia, como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação de recursos de contas inativas do FGTS, podem ter impacto positivo no consumo ao longo dos próximos meses. Nesse sentido, a Confederação projeta crescimento de 1,5% ao final de 2017 para as vendas do comércio varejista.
“A confiança das famílias, que segue em trajetória positiva apesar da leve queda pontual no mês de abril, continua sendo conduzida principalmente pela melhora das expectativas. Observamos que os menores patamares dos componentes foram atingidos entre os meses de junho e julho de 2016”, afirma Juliana Serapio, assessora econômica da CNC.
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