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IPI zero para móveis vai até 31 de dezembro

Por Edson Rodrigues - 30 de Agosto 2012
Com a exigência de que os empregos nos setores beneficiados sejam mantidos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na tarde desta quarta-feira (29/8) a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, produtos da linha branca, material de construção, móveis, painéis e luminárias. 

No caso dos móveis, o benefício fiscal vai até 31 de dezembro e a renúncia do governo chega a 371 milhões.
No total, a renúncia fiscal com as medidas anunciadas e prorrogadas ontem é de R$ 1,6 bilhão neste ano e de R$ 3,9 bilhões no ano que vem. Para compensar esse recolhimento menor, o ministro enfatizou que, para todos os benefícios concedidos pelo governo, há contrapartidas.

De acordo com Mantega, o primeiro compromisso das empresas é manter o nível de emprego. "Ou seja, que não haja demissão", reforçou, acrescentando que as empresas têm contratado trabalhadores. O segundo compromisso é o da redução de preços ao consumidor. "Eles (os preços), de fato, têm caído naquelas proporções. Isso é importante, porque ajuda, inclusive, na inflação", salientou.


Investimentos e juros

O ministro também anunciou a redução dos juros para a linha do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), administrada pelo BNDES. Segundo o ministro, o PSI venceria em 31 de agosto e passa a valer até o fim do ano.

Na linha de financiamento para caminhões e para a aquisição de bens de capital adquiridos por todo sistema produtivo, as taxas caíram de 5,5% ao ano para 2,5% ao ano. "É a menor taxa que já existiu para financiamento desta natureza (bens de capital)", disse o ministro. "São linhas de 120 meses, com um ano de carência. Portanto, atraentes para o investidor", completou.

Mantega anunciou ainda a criação de uma nova linha de financiamento para bens de capital usados. "Quando o cidadão quer comprar um caminhão novo, ele tem que vender um usado e necessita de uma linha para o comprador do usado", exemplificou.

O ministro ressaltou, porém, que a medida não é válida apenas para caminhões usados, mas também para máquinas e ferramentas, tratores, carretas, aeronaves comerciais e cavalos mecânicos. A taxa que incidirá sobre esse crédito é a TJLP (5,5%) mais 1% e mais o risco da empresa que tomar o crédito.

Mantega declarou também que outra linha nova lançada, e que está no âmbito do PSI, é para o refinanciamento de bens de capital, que vale para empresas de máquinas equipamentos e ônibus e caminhões. "Se houver inadimplência, o interessado obtém um novo crédito para pagar o antigo. Ele vai quitar esse financiamento e tem um refinanciamento. É como se fosse um aumento do prazo de pagamento", explicou. Apesar de estar no PSI, as taxas ainda não foram estipuladas. O BNDES dará os parâmetros, de acordo com seus programas operacionais, informou o ministro.


IDV apoia medida 

O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) aprovou a decisão do governo de prorrogar a desoneração do IPI, que terminaria em 31 de agosto. Segundo o instituto, a decisão continuará beneficiando o consumidor porque a redução no valor dos produtos será repassada integralmente aos clientes. 

Para o IDV, no primeiro semestre, devido à redução, foram criados 25 mil vagas de empregos no varejo de bens duráveis.

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