Jacaúna: 50 anos de tradição e inovação no setor moveleiro
Fundado em Fortaleza como uma empresa familiar, o Grupo Jacaúna iniciou com uma pequena fábrica de planejados na Monsenhor Tabosa. Aos poucos, sua produção migrou para o segmento de móveis em série. Hoje, prestes a completar meio século de existência, o grupo cearense conta com mais de 1,8 mil colaboradores na indústria, na floresta, no agro e na rede de lojas.
“Temos lojas em todo o Norte e Nordeste e também no Centro Oeste. A empresa vai completar 50 anos de mercado no próximo ano e seguimos avançando, reposicionando a marca, criando novos produtos, verticalizando cada vez mais”, afirmou o diretor industrial do grupo Jacaúna, Roger Aguiar
O empresário, que também é prefeito da cidade de Marco, contou sobre a evolução do Grupo Jacaúna, sua atuação para fortalecer o setor moveleiro, como estimula a economia local e seus projetos e inovações, trazendo a agenda verde para dentro do processo produtivo da empresa.
Polo Moveleiro
A expansão do Grupo Jacaúna se confunde com o desenvolvimento do Polo Moveleiro do município de Marco (PMM). “Importante dizer que esse é notadamente o maior polo do Norte/Nordeste. É claro que estamos atrás dos polos do Sul e do Sudeste, pois foi ali que nasceu o setor moveleiro do nosso país. Porém, as mesmas técnicas, os mesmos processos que se usa por lá, hoje nós usamos no Polo Moveleiro do Marco, que atualmente gera mais de 2.500 empregos diretos dentro do município”, observa.
O PMM surgiu na década de 1990 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento regional, gerar emprego e tornar-se referência na produção de móveis de qualidade. É possível dizer que a Jacaúna é o berço do setor moveleiro, conta Roger Aguiar. “Lá no início, a Jacaúna precisava comprar muitos produtos de fora, mas isso mudou com a ideia do meu pai, que é um dos fundadores da empresa, de montar um setor moveleiro no Marco. Ele levou um grupo de amigos que atuava em segmentos diversos para conhecer o setor moveleiro no Sul. Com esse incentivo, a grande maioria resolveu enfrentar o desafio de ser moveleiro, e a Jacaúna deu todo suporte”, narra.
Em poucos anos, o PMM, localizado a 234 km da capital cearense, tornou-se o maior centro de produção de móveis de todo o Nordeste brasileiro. Atualmente conta com 40 empresas de pequeno e médio porte, que fabricam móveis para diversas regiões do Brasil e para exportação no mundo todo.
O polo moveleiro movimenta, ainda, diversos setores associados como o de artesãos, aço inox, granito, mármore, vidro e alumínio; além de revendedores de tecido, espumas e lojas especializadas em materiais para pequenas movelarias, reformas, entre outras áreas.
Agenda Verde
A história de obstinação e inovação do Polo Moveleiro de Marco segue evoluindo e tem a sustentabilidade como bússola para a renovação. “A sustentabilidade já é intrínseca ao Grupo Jacaúna. É uma pegada que deixa o negócio mais enxuto. É prazeroso andar numa unidade onde tudo funciona de forma coerente, com respeito à natureza, ao consumidor e às diretrizes da sua empresa. Não é apenas uma pegada para dar visibilidade. Ela traz economia e rentabilidade financeira para o negócio”, avaliou Aguiar.
A teoria ensina, mas os exemplos arrastam. E a Jacaúna é um benchmark; o um padrão de referência do mercado utilizado para avaliar o desempenho de uma estratégia nos negócios para todas as empresas do Polo Moveleiro de Marco.
Segundo o empresário, aplicar a sustentabilidade na operação da empresa melhora o desempenho econômico. Ao minimizar os custos e melhorar processos, indo além da agenda ambiental. Roger Aguiar também destaca que, na cadeia ESG, os braços humanos são fundamentais para a produção numa indústria manufatureira.
Sol e floresta
“A gente começou com um trabalho de sustentabilidade dentro da empresa, nos processos e na reutilização de materiais. Então, pensamos na usina solar. Hoje, temos uma usina de 2,2 megawatts (MW) gerando energia para todo o parque fabril. E já chegou equipamento de expansão para 3,5 MW, que vai gerar energia para mais de 30 lojas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Uma coisa vai puxando a outra. Aí, pensamos em investir também na silvicultura”, conta.
O Grupo Jacaúna é pioneiro na produção de eucalipto em alta escala no estado. A expectativa é que sua planta industrial seja abastecida com madeira de produção própria para venda no mercado interno e exportação.
Em uma parceria com o Governo do Ceará e a Embrapa, o grupo passou a investir em reflorestamento nas terras de propriedade da família. “Hoje, nós temos mais de 3 milhões de árvores plantadas. O nosso projeto é para 10 mil hectares e nós já temos praticamente 3 mil hectares prontos. Tudo em um raio, ali, de 30 km do nosso município”, pontua Roger Aguiar.
O plantio engloba a recuperação de áreas de mata nativa, gerando abrigo e alimento para cerca de mais de 40 espécies de animais, como também captura da atmosfera cerca de 200 toneladas de gás carbônico por hectare.
O Indústria Sustentável é uma realização do Instituto Dr. Albino Nogueira e promoção do Grupo Otimista, com patrocínio de Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Fonte: https://ootimista.com.br
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