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Kartell vence batalha judicial contra cópias

Por Daniela Maccio - 25 de Maio 2015

A empreitada de Claudio Luti, presidente da marca, teve início há dois anos quando decidiu enfrentar o mercado chinês e inaugurar sua primeira flagship no país. Na época, ele tinha plena consciência de que precisava se adaptar aos gostos dos chineses, mas, acima de tudo, precisava combater a sagacidade dos copiadores de seus produtos. Foi quando a empresa decidiu aplicar a tolerância zero ao mercado de cópias e colocou em campo, além de um departamento jurídico interno, também um profissional especializado em propriedade intelectual com contatos consolidados na China.

 

Agora, a Kartell comemora sua primeira conquista: as cadeiras Papyrus e Frilly não serão mais fabricadas pela empresa Taizhou Donhong Fourniture Manufacture Co. Ltda, que opera por um website oficial e alguns showrooms espalhados pelo país. O acordo sancionado no início do mês de março foi mediado por um juiz (o que garante que a decisão tenha o mesmo valor de uma sentença) e determina que a empresa pare a fabricação e comercialização dos modelos, destrua os moldes, reembolse as despesas gastas, receba multa por cada futura violação e forneça informações sobre outras empresas chinesas ativas na falsificação de produtos Kartell.

 

Segundo Cesare Galli, proprietário do escritório de advocacia que assessorou a Kartell, o fator decisivo foi conseguir reconstruir as compras feitas online dos produtos copiados, diante das quais nem mesmo o Tribunal foi capaz de dizer nada. Galli acrescenta também que as relações com as autoridades chinesas fizeram a diferença e declara que, mesmo antes do início do trabalho, a Kartell solicitou ajuda da State Intellectual Property (SIPO), que assegurou a patente e validade dos modelos, impedindo a defesa clássica dos falsificadores chineses que consiste em promover uma ação administrativa de nulidade do modelo registrado. “A guerra continua – de fato, ninguém tem nenhuma ilusão sobre isso – mas, para a Kartell essa é realmente uma boa vitória em solo chinês”, finaliza Galli.

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