Lojas KD protocola pedido de RJ
Dois meses após comunicar o mercado sobre a decisão de ajuizar pedido de Recuperação Judicial, a Lojas KD protocolou nesta terça-feira (8) o pedido, conforme informações obtidas com exclusividade pela Móveis de Valor. De acordo com o apurado pela nossa equipe, nos próximos dias a Lojas KD comunicará clientes e fornecedores sobre os próximos passos da empresa e como a mesma deve proceder em cada um dos casos.
Em março, o e-commerce de móveis Lojas KD comunicou, por meio de nota, que deveria ajuizar pedido de Recuperação Judicial. Na ocasião, a empresa informou que o objetivo da medida era assegurar o fornecimento de produtos aos consumidores, assim como liquidar os compromissos com fornecedores do setor de móveis.
Depois do comunicado, praticamente dois meses se passaram sem informações sobre os próximos passos da empresa e o atendimento de pedidos pendentes. A falta de informações aumentou as preocupações do mercado em relação à real situação da Lojas KD. Os temores chegaram tanto por parte de clientes quanto de fornecedores.
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Diariamente, como acontece desde o início dos problemas, a Móveis de Valor atende reclamações de clientes que não recebem seus produtos. Sem sucesso em contatar a empresa pelos canais de comunicação disponíveis, consumidores afirmam que tudo que tem obtido da Lojas KD é completo silêncio.
Apenas no portal Móveis de Valor são 250 clientes, como Marco Aurélio Correia de Souza, de Brasília, que reclama: “Desfiz de alguns móveis porque o prazo de entrega era de 29 dias úteis. Já se passaram mais de 3 meses depois que venceu o prazo de entrega. Não há transparência, não atende e responde e-mail apenas com textos padronizados, ou seja, não há garantia de que receberei o produto [sic]”.
Quando a crise ganhou as manchetes, em razão das denúncias de consumidores em dezembro de 2017, a loja minimizou as dificuldades de cumprir prazos de entregas e foi vaga em suas explicações. Enquanto isso, conforme a Móveis de Valor soube por fontes do setor, os fornecedores começaram a reduzir as entregas por receio de não receber seus créditos.
Antes da notícia de que o pedido Recuperação Judicial havia sido protocolado, moveleiros ouvidos pela reportagem afirmaram que a impressão deixada ao mercado foi a de que o comunicado da RJ era "mais uma" manobra para “ganhar tempo” e acalmar os ânimos dos fornecedores que têm créditos a receber. Fontes com conhecimento sobre o caso afirmaram, no entanto, que “dificuldades burocráticas” atrasaram os planos da empresa em relação à RJ.
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