Magazine Luiza em crise (de novo)
O Magazine Luiza tomou a dianteira da crise que envolve ela própria, o banco Itaú e os fundadores do site de comércio eletrônico KaBuM!, informou Bruno Meyer, colunista da Revista Oeste. A varejista tem blindado Leandro e Thiago Ramos, do KaBuM!, desde que os irmãos iniciaram um processo contra o Itaú, com a alegação de que a instituição financeira favoreceu o Magalu na compra do site, em detrimento de outros interessados, como a Havan.
Da família Trajano até as paredes da empresa, todos sabem que a fúria dos irmãos está centrada num quesito: a queda avassaladora das ações da empresa de Luiza Helena Trajano em menos de dois anos.
Em julho de 2021, quando era um queridinho da Bolsa de Valores, o Magazine Luiza anunciou que acabara de fechar a maior aquisição da história: a compra do KaBuM!, no valor de R$ 1 bilhão em dinheiro e mais R$ 125 milhões em ações da varejista, com cotações superiores a R$ 23. O negócio poderia valer, nas condições da época, R$ 3,5 bilhões.
O desapontamento dos irmãos iniciou-se ainda em 2021, quando as ações do Magazine Luiza começaram a desabar. Na última semana, mais pesadelo: depois de uma quarta-feira com quedas de mais de 10%, a ação derreteu para R$ 3,15, na quinta-feira 2.
No último dia de janeiro, os fundadores do site voltado para gamers, à comunidade geek e um dos precursores em esportes eletrônicos do país, entraram com uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo. Querem e-mails e mensagens do Itaú em tudo que se refere às sondagens de potenciais compradores, como a varejista catarinense.
Em resposta à coluna, o Itaú contesta e diz que os acionistas do KaBuM! estavam “absolutamente cientes de que poderia haver flutuação de valores no mercado acionário”, diz em nota. “Lamentamos a existência de uma ação judicial sem fundamento e que tem, aparentemente, o único objetivo de causar constrangimento.”
(Com Informações da revista Oeste)
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