Magazine Luiza pretende fazer ajustes este ano
Por Edson Rodrigues
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24 de Janeiro 2012
Tudo isso porque o lucro líquido da companhia começou a cair no terceiro trimestre de 2011, de R$ 23 milhões para R$ 11,7 milhões (se comparado ao mesmo período de 2010). Consequentemente, na bolsa de valores a queda das ações desde o IPO (em 2 de maio de 2011, quando a empresa deu entrada na abertura de capital) ficou na casa dos 37,5%.
O principal motivo, segundo a rede, foi a crise internacional, que acabou afetando o desempenho da companhia na bolsa brasileira, a partir do terceiro trimestre, de forma generalizada. Em razão disso, o lucro líquido do Magazine Luiza caiu 49,4% no mesmo período.
Para que se tenha uma ideia da defasagem, no dia do IPO as ações valiam R$ 2,983 bilhões. No fim do ano passado este valor já tinha caído para R$ 1,865 bilhão. Em função desse resultado é bem provável que este tenha sido o pior desempenho.
Para alguns analistas do setor financeiro, outro fator que pode ter contribuído para esse resultado foi a antecipação do plano de expansão para dois anos, no período em que foi adquirido o Baú da Felicidade. Na ocasião, a companhia, que já havia comprado a rede Maia - com cerca de 150 lojas espalhadas por nove estados – em julho de 2010, por R$ 290 milhões, acabou desembolsando mais R$ 83 milhões ao adquirir as 121 lojas do Baú, no ano passado, gerando uma despesa extra em tão curto espaço de tempo.
Apesar de tudo, Luiza acredita que o pior já passou e que o fato mais agravante foi o período delicado pelo qual a bolsa brasileira passou, por conta do cenário internacional que acabou prejudicando não só sua empresa, mas também grande parte do mercado varejista. “Acredito que os investidores entendam que o momento é delicado para todo o mercado de capitais. Com a crise, passamos a sentir uma queda nas vendas a partir de abril (do ano passado) em comparação aos períodos anteriores de sucesso. Mas ainda assim houve crescimento nas vendas”.
Um dos pontos favoráveis para que o resultado este ano seja positivo, segundo ela, foi a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca. “A Fazenda mexeu nos prazos dos financiamentos para reativar a economia. Com isso o efeito começou a aparecer rapidamente e já sentimos uma recuperação”, afirma.
Além disso, ela acredita que as perspectivas são favoráveis para o País, em razão do bom nível de geração de empregos e, consequentemente, o fôlego que o consumidor brasileiro pode ter para crescer. “Há dois fatores importantes: o bônus demográfico em que se encontra o Brasil e o aumento de brasileiros na classe C”. Ou seja, mais consumidores em potencial.
No paralelo, a empresária sabe que terá de continuar a expandir os negócios para não perder oportunidades para seus concorrentes de peso, como Casas Bahia e Insinuante. Por isso, ainda este ano ela pretende abrir mais 200 lojas nas regiões já ocupadas pela companhia e quem sabe até explorar novos lugares onde sua marca ainda não está presente.
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