Maior Vendedor de Colchão do Brasil prega “vender qualidade”
A defesa de um setor digno, forte, ético e responsável não é privilégio de fornecedores e fabricantes. Existem excelentes lojistas de móveis e colchões preocupados com movimentos que surgem eventualmente, e que acabam desestabilizando por momentos o setor.
Existe uma intensa campanha, liderada pela Abicol, pela Asinec e por um importante grupo de fornecedores, fabricantes e lojistas, visando manter os altos padrões de qualidade alcançados nos últimos anos pelo segmento de colchões e produtos do sono no Brasil. E um artigo enviado pelo empresário Iris Gelbcke, eleito pelo Anuário de Colchões Brasil como o “Maior Vendedor de Colchões do Brasil”, sintetiza o sentimento e a disposição dos bons lojistas que se associam ao movimento em favor de “vender qualidade”.
Leia abaixo:
Durma com um barulho destes...
Um dos meus maiores orgulhos, enquanto profissional do setor colchoeiro, foi ter sido eleito pelo Anuário de Colchões, (a primeira vez em 2017) como o “Maior Vendedor de Colchões do Brasil” e, após o destaque, demos uma "guinada" nos negócios, percebendo, inclusive, que vender "quantidade" não era a saída. De lá para cá foram muitos estudos, laboratórios, erros e acertos e a maior das lições: Vender QUALIDADE é muito melhor que vender QUANTIDADE! Decidi, então, que preferia não mais ser o MAIOR e sim o MELHOR vendedor de colchões do Brasil.
Esta situação de vender produtos com mais valor agregado vem ao encontro com o pensamento do CEO do Intelligence Group do Brasil, Ari Bruno Lorandi, que muitas vezes em seus artigos destaca que o setor moveleiro e o setor colchoeiro tem a tendência equivocada de nivelar o preço dos produtos "por baixo"... Frequentemente vemos uma avalanche de promoções de conjuntos box por R$ 999 e R$ 1.499, pelas lojas e sites no país.
É necessário alertar que, para se ter preços absurdamente tão baixos, as indústrias estão confeccionando colchões usando materiais de mais baixo calibre.
Me entristece, sobremaneira, ver os tecidos de baixa gramatura, camadas baseadas em EPS, enganando os consumidores, pois é notória a intenção de ampliar o visual das peças, iludindo vendedores e clientes.
Entendo estas atitudes "desesperadas" por parte de indústrias, (inclusive algumas de renome), que procuram sobreviver neste mercado turbulento, mas focar apenas no resultado financeiro presta um desserviço àqueles que pretendem fazer parte de um SETOR COLCHOEIRO DIGNO, associações éticas do padrão da ABICOL, órgãos de imprensa respeitadíssimos como a MÓVEIS DE VALOR, fabricantes idôneos, Inmetro, representantes e lojistas bem intencionados que querem levar conforto, saúde e bem-estar aos seus clientes.
Fica aqui uma reflexão: Qual é o setor colchoeiro que queremos?
Um setor corrompido, deturpado por produtos de baixíssima qualidade, visando apenas a remuneração do seu capital, a qualquer custo? Ou, um setor colchoeiro decente, que possa representar pessoas de boa índole, bem-intencionadas, que querem sim ter lucro, mas de forma lícita, entregando produtos que venham ao encontro da satisfação plena de sua clientela, proporcionando conforto, bem-estar, saúde, e qualidade de vida aos seus clientes e, que possam ter orgulho de fazer parte deste setor?
Iris Gelbcke
Proprietário da Vitrine Móveis, Estofados e Colchões
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