Maioria dos estados registra queda nas vendas em dezembro

O comércio varejista registrou queda de 3,5% do volume de vendas na comparação sazonalmente ajustada com novembro, segundo o Índice do Varejo Stone. O Índice Restrito, assim como o Índice Ampliado, também apresentou queda de 4,6%. No comparativo anual, os Índices Ampliado e Restrito apresentaram queda de 1,7% e 2,5%, respectivamente. Na comparação entre físico e digital, o comércio digital registrou alta mensal de 3,4% enquanto o comércio físico teve queda de 4,2% no mês. No comparativo anual desses índices, tivemos alta de 7,7% e queda de 2,1% para o digital e o físico, respectivamente.

 

Índice ampliado x restrito 

 

Em dezembro de 2024, o índice ampliado registrou queda de 3,5% no comparativo mensal sazonalmente ajustado, após novembro registrar alta de 0,6%3. O Índice Restrito segue trajetória similar ao Ampliado e apresenta queda de 4,6%, após alta de 3,0% em novembro. No comparativo anual, foram registradas quedas de 1,7% e 2,5% no Índice Ampliado e Restrito, respectivamente. Com isso, o varejo perde fôlego no final do ano e fecha dezembro com resultado pior que em 2023. Contudo, embora relevante, a queda de dezembro não é suficiente para reverter os ganhos de 2024, que fecha com alta acumulada de 0,6% no Índice Ampliado e de 0,3% no Índice Restrito.

 

Setores sensíveis ao crédito X setores sensíveis à renda 

 

O índice de Setores Sensíveis ao Crédito registrou uma queda trimestral sazonalmente ajustada (comparação entre o 4º trimestre de 2024 e o 3º trimestre de 2024) de 0,2%, enquanto o índice de Setores Sensíveis à Renda apresentou alta de 0,8%. Já no comparativo entre o 4º trimestre de 2024 e o 4º trimestre de 2023, ambos apresentaram alta: 0,4% e 2,3% para os Setores Sensíveis ao Crédito e Setores Sensíveis à Renda, respectivamente. Nos relatórios anteriores, destacamos que a alta da taxa básica de juros (Selic) intensificaria a pressão negativa sobre o consumo, especialmente em um contexto de aumento da inadimplência e alto comprometimento da renda familiar com o serviço da dívida. Esse cenário pode explicar não apenas a retração observada em dezembro, mas também a disparidade de desempenho entre os setores mais sensíveis ao crédito e à renda.

 

Varejo físico x digital 

 

Observamos uma alta mensal de 3,4% do índice digital e uma queda de 4,2% do índice físico. No comparativo anual, tivemos alta de 7,7% e queda de 2,1%, respectivamente. Assim, o digital reverte a queda de 4,3% de novembro e apresenta protagonismo durante o Natal, com o resultado positivo de dezembro puxado pela boa performance de Artigos Farmacêuticos, Vestuário e Produtos Alimentícios.

 

Móveis e Eletrodomésticos

 

Comparativo Mensal: -6,4% 

Comparativo Anual: -6,0%

 

O segmento finaliza o ano com um resultado ruim após longa tendência de recuperação. Contudo, após um 2023 fraco, no acumulado do ano o setor conclui 2024 com alta de 1,1%. 

 

 

22 estados tiveram queda nas vendas 

 

 

O mapa acima mostra a variação anual do Índice do Varejo Stone Restrito por estado, em que se observa uma piora com relação ao cenário apresentado em novembro. Em dezembro, apenas cinco estados apresentaram aumento no volume de vendas. Destaca-se positivamente o crescimento nos estados de Roraima, Sergipe e Rondônia que apresentaram altas de 3,9%, 3,5% e 2,2%, respectivamente. Completam a lista de crescimento do volume de vendas os estados do Pará (+1,0%) e Goiás (+0,9%). 

 

Os principais resultados negativos do mês foram registrados na região Sul do país: Santa Catarina (-7,1%), Paraná (-4,8%) e Rio Grande do Sul (-4,7%). Além da região Sul, a região Sudeste também apresentou queda do volume de venda do varejo em todos os estados.