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Máquina de Vendas encontra potenciais compradores

Por Edson Rodrigues - 14 de Maio 2014
Não foram poucos os fundos de investimento que nos últimos meses olharam os números e a operação da Máquina de Vendas, a sétima maior varejista do País, criada em 2010, com a fusão das redes Ricardo Eletro e Insinuante. Seus sócios, Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista, colocaram uma fatia da companhia à venda no meio de 2013, bateram à porta de mais de 30 empresas de investimento, mas foram ignorados pela maioria delas.

As margens baixas do setor, o complexo processo de integração do grupo, que já comprou outras três redes no País, e os perfis (quase conflitantes) dos donos afastaram os potenciais interessados. Agora, três fundos de investimento estudam o negócio, que nunca havia atingido fase tão avançada. Nunes e Batista confirmaram que as negociações ganharam novos contornos, mas nenhum deles dá detalhes.

O favorito a comprar uma fatia da Máquina de Vendas é o Kinea, fundo controlado pelo Itaú que há dois meses adquiriu participação na mato-grossense Lojas Avenida. O americano Texas Pacific Group (TPG) e o banco BTG estão no páreo, mas não fizeram uma proposta firme. Agora, será detalhada a operação das cinco bandeiras do grupo: Insinuante, Ricardo Eletro, City Lar, Eletro Shopping e Salfer. 

A proposta que está na mesa é a entrada de um sócio, com a aquisição de 20% a 40% do negócio, o que poderá incluir a venda das ações do acionista Ricardo Nunes, que tem 47,3% do negócio. Essa, aliás, é apontada como uma das exigências para o sucesso da transação. A operação é avaliada entre R$ 400 milhões a R$ 800 milhões, a depender da fatia negociada. O valor de mercado da empresa é de cerca de R$ 2 bilhões e pode chegar a R$ 3 bilhões, se negociado o controle, o que não é o caso.

Foto: Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista

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