IMG-LOGO

Móveis da China já representam mais de 45% do total importado

Por Natalia Concentino - 21 de Julho 2020

É verdade que as exportações não vão bem mais uma vez este ano, muito por conta da pandemia e consequente crise no mercado mundial. Mas compensa em parte o fato de que as importações de móveis recuaram mais do que as vendas externas. De janeiro a junho a queda chega a 21,5%, aos 250 milhões de dólares ante 318 milhões no primeiro semestre do ano passado.

Mas, para piorar, as importações da China recuaram apenas 15,9%, bem menos que a média e representam mais de 45% do total de móveis comprados neste semestre. As maiores quedas vieram de países que exportam ao Brasil móveis de linhas mais altas como a Alemanha (-45%), Itália (-39%) e França (34%). Ao todo, o Brasil comprou móveis de 64 países até junho. Mas os 10 maiores enviam ao Brasil mais de 86% do total (veja quadro).

Se serve de consolo, nossa balança comercial melhorou até junho. O superávit é de quase 10%. Era 4% no mesmo período do ano passado.

O estado que mais importa móveis é São Paulo. Embora as compras tenham recuado 25% este ano, elas representam mais de 40% do total importado. Depois vem Santa Catarina com metade da representatividade, mas um dos poucos que aumentou as importações (3,6%). Outro que aumentou foi Goiás (17,4%), mas nenhum superou o Ceará, que saiu de 1,9 milhão de dólares em 2019 para 4,2 milhões este ano. No outro lado, Rondônia lidera, saindo de 6,3 milhões para pouco mais de 420 mil dólares.

Comentários