Móveis da Olimpíada movimentam negócios dois meses após os jogos
Após o encerramento das Olimpíadas de Paris, milhares de itens utilizados nos eventos estão sendo vendidos ou leiloados, oferecendo a pequenas empresas e colecionadores a chance de adquirir mobiliário, equipamentos e outros objetos usados durante os jogos. Desde cadeiras de árbitro, mesas de massagem e até equipamentos médicos, peças originalmente utilizadas na Vila Olímpica estão encontrando novos proprietários.
A empresa alemã Restlos, especializada em leilões, é uma das responsáveis por comercializar esses itens. Entre os objetos disponíveis estão cabines de fliperama, pufes e guarda-sóis, todos utilizados durante as Olimpíadas. De acordo com Walid Meziane, representante da Restlos, o apelo emocional e a nostalgia atraem compradores, que veem nesses objetos uma conexão com o evento esportivo.
Outra empresa envolvida é a B-Stock, plataforma de leilão sediada no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Na plataforma, o processo de venda dos itens começou antes mesmo do término dos jogos. A RGS Events, fornecedora oficial de móveis e equipamentos das Olimpíadas de Paris, fechou uma parceria com a B-Stock, que organizou a comercialização dos objetos.
Segundo Marcus Shen, CEO da B-Stock, os itens foram listados online para empresas interessadas em adquirir grandes quantidades. "Grande parte do material permaneceu na Europa, enquanto nos Estados Unidos o próximo grande leilão deve ocorrer após as Olimpíadas de Los Angeles, em 2028", afirmou ao site Inc.
Shen destaca que muitos dos objetos são praticamente novos, tendo sido usados apenas durante o período dos jogos. Além disso, os itens possuem valor adicional como peças de memorabilia olímpica. Para pequenas empresas e startups, especialmente, os leilões oferecem uma oportunidade acessível para adquirir equipamentos, como tendas, mesas e cadeiras.
Até o momento, mais de 45 mil objetos passaram da RGS Events para quatro empresas intermediárias, que agora tentam revender ou leiloar o material novamente. A Restlos, por exemplo, adquiriu 180 caminhões de itens da B-Stock e armazena a maior parte do estoque em um depósito próximo à fronteira entre Alemanha e França.
"A beleza de tudo isso é que, ao contrário de deixar essas coisas em uma lata de lixo em algum lugar e ir para um aterro sanitário, as pessoas têm uma oportunidade de fazer uso deste inventário", conclui Shen.
Fonte: revistapegn.globo.com
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