Móveis de papel chegam com força ao Brasil
Por Edson Rodrigues
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13 de Julho 2012
Já imaginou montar a casa com cadeiras, mesas, armários e até camas de papelão? Peças com design arrojado, que dão um ar contemporâneo ao ambiente estão à venda no exterior há alguns anos e esse tipo de trabalho com papel machê, kraft, vegetal, de arroz e jornal começa agora a despontar no mercado brasileiro.
“Leves, resistentes e práticos, os móveis de papel não exigem parafuso ou cola para serem montados e ainda suportam com tranquilidade o calor emitido por eletrônicos e fios condutores”, afirma Eduardo Rodrigues, coordenador do curso de Design de Interiores da Panamericana Escola de Arte e Design. “Ao usar as peças na decoração, os ambientes ganham aparência informal e despojada”, diz.
E as vantagens não param por aí. A fabricação com papel é sustentável, já que os produtos se decompõem em até seis meses na natureza, e permite que o usuário faça suas próprias peças. Mesmo assim, no Brasil, ainda há muito preconceito em relação esses móveis, já que sua forma leve é relacionada à fragilidade. “Os brasileiros gostam de itens que duram para o resto da vida, mesmo que sejam trocados ao longo do tempo”, afirma Gustavo Calazans, arquiteto.
Desafios da manutenção
Com preços que variam de R$ 7,50 (lixeira) a R$ 2 mil (sofá), os móveis de papel exigem alguns cuidados no dia a dia para que não estraguem antes do tempo. Como a resistência à umidade é pequena e manchas aparecem no contato com a água ou outros líquidos, a alternativa é aplicar resinas que ofereçam uma camada de proteção. Além disso, expor tais móveis durante muito tempo ao sol pode afetar sua estrutura (principalmente os que forem muito finos), deixando-os com aspecto retorcido.
Outro ponto que afeta a durabilidade de móveis como os de papelão é o pó que tende a se acumular. Para ter seu tempo de vida prolongado, eles devem ser limpos constantemente com pano seco, espanador de pó ou aspirador. “O problema surge com o tempo, pois esses móveis acabam adquirindo uma aparência suja, já que a limpeza com água não acontece. Neste caso, a saída é apostar em uma boa pintura para dar cara nova à superfície”, diz Calazans.
(Fonte: O Dia)
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