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INDÚSTRIA FORNECEDOR

Móveis do oeste se destacam

Por Edson Rodrigues - 02 de Março 2012
Pioneirismo, busca constante por produtos de qualidade e investimentos em design e conforto são fatores que tornam o oeste catarinense referência no setor moveleiro. A região produz móveis que atendem a exigência dos consumidores, com requinte e bom gosto, planejados de acordo com as necessidades para o aconchego de casa ou do trabalho.

O presidente da Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (Amoesc) e do Sindicato da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai (Simovale), Osni Verona, observa que o sucesso do polo moveleiro do oeste catarinense se deve ao comprometimento das empresas e à diversidade de produtos. “São 460 indústrias produzindo uma variada linha de móveis para todas as classes sociais, desde os populares, modulados e projetados até os de alto padrão de acabamento para a decoração”.

Verona explica que as empresas buscam a integração de forma coletiva, para fortalecer o setor, desenvolvendo e participando de feiras regionais, nacionais e internacionais para divulgar a marca. “Buscamos o aperfeiçoamento dos produtos, com investimento forte no parque fabril e constante treinamento e capacitação da mão de obra”.

O dirigente realça que após as decepções com a exportação, desvalorização do dólar e a crise internacional, as empresas estão investindo no mercado doméstico. Hoje, as regiões que mais compram produtos do oeste são de São Paulo e do Nordeste do País.

“Com a crise internacional, o mercado interno teve forte ascensão, especialmente com a migração dos mais de 40 milhões de brasileiros das classes D e E para C e B. Isso aqueceu e movimentou todas as empresas do Brasil, e os empresários que identificaram esse movimento investiram e estão colhendo os frutos deste mercado”, avalia.

O polo madeireiro e moveleiro da região é o setor que conta com o maior número de empresas, terceiro na geração de empregos e o quarto na economia do oeste de Santa Catarina. No entanto, o setor enfrenta dificuldades. Uma delas, na avaliação das entidades, é a crescente valorização da mão de obra em comparação com a produção. “Enquanto a produtividade cresceu 30%, os salários tiveram um aumento em torno de 125%. As empresas precisam de mão de obra, a procura aumenta o custo, mas não há como aumentar os preços para o consumidor”.

Como 95% das empresas madeireiras e moveleiras são micro e pequenas, Verona acredita que o incentivo dos Governos poderia fortalecer o setor e estimular o crescimento das empresas. “A situação é preocupante. Com a velocidade e quantidade com que os chineses colocam um produto no mercado internacional, com custo subsidiado pelo Governo da China, estamos muito aquém em tecnologia de ponta e com risco Brasil elevado. Assim, os empresários estão cautelosos com investimentos em longo prazo”.

A reivindicação é que haja investimento no setor e recursos para financiamentos específicos, com foco em tecnologia de ponta e capital de giro para que os micros e pequenos empresários possam expandir os negócios, pois muitas empresas estão com capacidades de pagamentos reduzidas. “Dessa forma, as empresas poderiam crescer e quem sabe até sair do simples nacional, com prospecção de mercado, inovando em desenvolvimento sustentável, aperfeiçoando e desenvolvendo o melhor design e gerando muitos empregos”, enfatiza.

Verona também destaca a importância das parcerias para o fortalecimento do setor, entre elas o Sebrae/SC, Fiesc, Senai, MIN, entre outros, contribuindo para que o polo moveleiro se desenvolva ainda mais, aliando criatividade, empreendedorismo e visão de mercado.

MERCOMÓVEIS

Todo o setor moveleiro e madeireiro do oeste estará em exposição entre os dias 27 e 31 de agosto, no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), durante a Mercomóveis 2012. O evento, promovido pela Amoesc/Simovale, é considerado a maior feira de móveis de Santa Catarina e uma das maiores do país. São aguardados mais de 20 mil visitantes, com negócios estimados em R$ 200 milhões.

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