IMG-LOGO

Móveis e eletros lideram queda no varejo

Por Daniela Maccio - 09 de Setembro 2015

Os ramos automotivo e de móveis e eletrodomésticos lideram as quedas nas vendas do comércio varejista em 2015, apontou a Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC). Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (8), as perdas dos setores no ano foram de 15,6% e 11,3%, respectivamente. Para minimizar as quedas na receita, o varejo tem recorrido às liquidações de estoque, analisou a entidade.

 

Levantamento mostrou que houve redução de 41,6% dos preços de bens de consumo duráveis (como automóveis, móveis e eletrodomésticos) e semiduráveis (calçados e roupas), no mês de agosto. Segundo o economista da confederação, Fabio Bentes, ainda assim, o resultado das receitas do setor de varejo tem registrado, ao longo do ano, o pior desempenho desde 2004. Ao todo, as vendas do comércio acumularam no ano uma queda de 6,4%.

 

“A inflação mais baixa registrada no agrupamento de bens de consumo duráveis e semiduráveis no IPCA-15 é um indício de que, a despeito das pressões de custos, os varejistas responsáveis pela comercialização desses produtos não encontram mais espaço para repasses de preços, sob pena do agravamento do quadro atualmente delicado das vendas”, analisou, em nota. O economista apontou que, em agosto, o IPCA-15 - prévia da inflação oficial – registrou a menor variação mensal do ano, ou 0,43%, em relação a julho, e bens de consumo duráveis (0,06%) e semiduráveis (0,12%) foram os grupos de produtos que mais influenciaram para o recuo.

 

“Mais do que isso, dos 77 itens com essas características, 32 (ou 41,6%) dos pesquisados ficaram mais baratos em agosto – maior percentual dos últimos seis meses”, ressaltou. A divisão econômica da CNC apontou ainda que o cenário atual de consumo tem se mostrado ainda pior para aqueles que dependem de condições de crédito e da expectativa positiva dos compradores. “Passando pelo seu pior momento em mais de uma década, o comércio varejista vem buscando alternativas para amortecer os impactos negativos da atual recessão econômica no nível de consumo”, afirmou Fabio Bentes.

Comentários