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Móveis na contramão

Por Daniela Maccio - 03 de Maio 2016

Em março de 2016, a produção industrial avançou 1,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após recuar 2,7% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda de 11,4% em março de 2016, vigésima quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em fevereiro (-9,8%).

 

Assim, no índice acumulado para os três primeiros meses de 2016, o setor industrial assinalou redução de 11,7%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com a queda de 9,7% em março de 2016, mostrou a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Entre os setores, a principal influência positiva foi registrada por produtos alimentícios, que avançou 4,6%.

 

Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (8,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,6%) e de produtos de madeira (4,2%). Vale ressaltar que a última atividade mostrou crescimento pelo terceiro mês seguido e acumulou ganho de 13,8% nesse período. Por outro lado, entre os onze ramos que reduziram a produção nesse mês, estão celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), de indústrias extrativas (-0,9%), de metalurgia (-2,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,9%) e de móveis (-4,6%).

 

Por sinal, o setor de móveis contrariou as expectativas e voltou a cair depois de registrar um desempenho favorável em fevereiro. No acumulado dos três primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2015, a queda é de 15,7%. Nos últimos 12 meses a retração chega a 17%.

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