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Móveis podem fechar o ano com deflação nos preços de varejo

Por Natalia Concentino - 06 de Dezembro 2019

Quando os preços caem por um longo período, as consequências podem ser tão ruins ou até piores que as da inflação. Uma das principais causas da deflação prolongada é a recessão (a economia em crise), quando os consumidores compram menos e forçam as empresas a reduzir preços, explicam os economistas. Segundo eles, a deflação é tão ruim ou até pior que a inflação muito alta quando vira uma tendência. O motivo é simples: quando os preços caem demais, as pessoas deixam de consumir, acreditando que os preços vão cair ainda mais no futuro. Isso alimenta uma nova queda de preços, puxando a economia para baixo.

É exatamente isso que está acontecendo com os móveis. Considerando os resultados do IPCA até novembro, existe grande possibilidade de que o preço dos móveis no varejo feche o ano com deflação. Nos primeiros 11 meses do ano a queda é de 0,75% para um IPCA geral de 3,12%. Vale dizer que o preço dos móveis recuou quase 4%. A mesma situação ocorre na análise dos últimos 12 meses (veja quadro abaixo).

E a situação é ainda mais grave para alguns setores, como o de colchão, por exemplo. A queda de preços de janeiro a novembro já alcança 4,40% que, adicionando-se a inflação geral, chega a 7,52%.

Outro item que está em situação semelhante é móvel para sala, com queda de 2,01%, depois vem móvel para copa e cozinha (-0,62%).

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