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Móveis têm mais valor agregado quando possuem design autoral

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Qualidade, durabilidade e sustentabilidade estão entre os fatores que agregam valor à produção de móveis. No entanto, é o design que confere exclusividade. Para Aristeu Pires, designer brasileiro premiado internacionalmente, quando o produto é uma commodity, o cliente escolhe pelo melhor preço, mas um produto com design autoral faz de você o único fornecedor. Ele participou nesta segunda-feira, dia 22, do encerramento da formação executiva PRIORI Renove Madeira e Móveis, realizada pela Academia FIESC de Negócios.

 

Pires lembra que tais atributos são imprescindíveis principalmente para quem quer exportar, especialmente quando se compete com italianos, alemães e escandinavos, que são referência em móveis. 

 

Antes de se dedicar exclusivamente à criação e à produção de móveis, ele trabalhou como executivo internacional da área de tecnologia. “Eu queria móveis com linhas retas e não encontrava nada que me agradasse. Me dei conta de que existia um nicho do mercado a ser atendido. Pedi demissão da empresa de informática que eu trabalhava, comprei livros, revistas e prancheta e comecei a criar”, conta. Suas peças são premiadas internacionalmente.

 

Com todos os produtos patenteados no Brasil e nos Estados Unidos, Pires tem assegurada a comercialização e garante que “é mais barato patentear do que enfrentar a pirataria”. 

 

Softwares e equipamentos de ponta auxiliam na produção dos móveis, testados a partir de protótipos enviados ao Instituto SENAI de Tecnologia em Madeira e Mobiliário, de São Bento do Sul. “Testes simulam diversos pesos usando a cadeira. São 200 mil repetições, seguindo ISO reconhecida na Europa para uso não supervisionado do produto. A qualidade é a mesma para todos os produtos, seja para exportação ou para abastecer o mercado interno”, explicou Pires. 

 

Diferenciais que conferem exclusividade 

 

O rigor com o uso de madeiras certificadas e o compromisso com a sustentabilidade são outros diferenciais das peças produzidas pelo ateliê. “Para cada produto que se vende, uma árvore nativa é plantada. É uma iniciativa acessível e fácil de implementar para maximizar a questão ambiental. Outras questões que agregam valor são o corte preciso, a montagem com junções super eficientes, além de finalização e acabamento”, detalha Rodrigo Schoenardie, gerente de design do ateliê. “O produto final tem toque acetinado em todas as dimensões, sendo esta a etapa mais importante do processo”, acrescenta. 

 

Aristeu Pires tem loja exclusiva em Moema (SP), assina móveis que decoram ambientes icônicos, como o Copacabana Palace, e marca presença em eventos relevantes na área, como a Casa Cor. 

 

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Internacionalização

 

De olho na expansão internacional do ateliê, as peças de Aristeu Pires podem ser encontradas no showroom da Sossego, em Nova York, que tem o objetivo de levar o design brasileiro para o mundo. 

 

A chaise Pitu foi eleita uma das sete mais confortáveis do mundo pelo Wall Street Journal. A banqueta Duda também fez parte do cenário do filme Casamento em Família (Maybe I Do, 2023), estrelado por Richard Gere e Susan Sarandon. 

 

Roadmap da reinvenção

 

O final da formação executiva realizada pela FIESC é um conjunto de iniciativas estratégicas visando a reinvenção do negócio, explica Thiago Grandi, consultor que conduziu as atividades do programa. “A reinvenção do negócio só ocorre quando a gente desenvolve novos drivers de valor que impactam na valoração da empresa para crescer, prosperar e perpetuar-se”, frisa. 

 

Participaram da formação as empresas Frameport, Quater, P&P, Ilha BD, Consórcio Amurel, Mobras, Portas Reck e Temasa.

 

Fonte: fiesc.com.br 

 

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