Móvel não recupera preços no varejo com IPCA em forte queda
Não é mais novidade, mas continua chamando a atenção o fato de os preços de móveis continuarem recuando no varejo. Se por um lado as principais matérias-primas sobem muito acima da inflação, o IPCA de móveis em setembro voltou a ficar negativo. E não é pouco, a queda é de 0,40% enquanto o IPCA geral recuou apenas 0,04% no mês. E móveis para sala e copa e cozinha recuaram ainda mais, como se vê na planilha abaixo. O quadro também deixa evidente que o comportamento dos preços varia significativamente também por região, mostrando que não se trata de um fenômeno motivado pelo lançamento de produtos com preços menores, mas sim de dificuldades do varejo em repassar reajustes ao consumidor.
Para se ter ideia, enquanto os preços subiram 1,23% em Campo Grande, recuaram 1,80% em Goiânia no mês de setembro. No acumulado do ano a situação não é diferente. Para um IPCA de 2,49%, móveis ficou praticamente estável, com 0,04%. Porém em Fortaleza a alta chegou a 4,23% enquanto em Salvador recuou 2,29%. Isso significa variação de 6,52% entre a menor e a maior taxa encontrada nas 16 regiões pesquisadas pelo IBGE.
Nos últimos 12 meses o IPCA geral registra elevação de 2,89% e móveis fica na casa de 1,80%. A maior elevação no preço dos móveis ocorreu no Distrito Federal, com 7,21% e no outro extremo São Luis (MA) registra queda de 1,78% no período.
Comportamento por segmento
E se ocorre elevada oscilação nos preços por região, o mesmo ocorre por segmentos. Em setembro, por exemplo, móveis para sala registraram a maior queda no País, com 1,24%, mas houve pico de queda de até 2,43% Rio Branco (AC) e alta de 1,95% no Rio de Janeiro. Nos primeiros nove meses do ano, o segmento que registrou maior queda de preço foi colchão com 3,11%, com pico de 10,31% em São Luis e alta de 6,89% em Aracaju. Finalmente, a taxa acumulada de 12 meses do segmento de colchão também é que apresentou o maior recuo com 3,57% no País. A maior queda foi verificada em Salvador, com 13,24% e a maior alta em Aracaju, com 9,51%.
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