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Movelpar valoriza as marcenarias

Por Poliana Steffany de Almeida - 15 de Fevereiro 2019

Uma das principais novidades da próxima edição da MovelPar, que acontecerá entre 18 e 21 de março, é o incentivo da feira ao design como ferramenta para impulsionar o setor. Para isso, essa edição vai contar com o Prêmio Movelpar de Design, que foi lançado oficialmente em novembro de 2018, busca reconhecer a excelência dos designers e das indústrias expositoras do evento. A entrega do prêmio será realizada no dia 19 de março. 

Além da categoria destinada as médias e grandes empresas, a categoria Sebrae/APL de Móveis, que será destinada ao setor da marcenaria, já possui dez inscritos e os três melhores projetos serão premiados, levando em consideração os critérios de avaliação: inovação e produção, funcionalidade, estética e sustentabilidade e responsabilidade. Para ajudar na criação e fabricação de móveis para a competição, o Sebrae/PR fez uma parceria com os cursos de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Faculdade Pitágoras, além de profissionais do design. Os estudantes das universidades parceiras têm auxiliado na criação e aplicação dos projetos.

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O consultor do Sebrae/PR, Rubens Negrão, diz que o objetivo da categoria é dar oportunidade para pequenas empresas do polo moveleiro de profissionalizar a produção e agregar valor aos móveis. “Para o Sebrae/PR, o prêmio reforça uma tendência, que é a inclusão do design na marcenaria. Além disso, a competição possibilita que as empresas participem desse ambiente de inovação”, pontua.

O produtor executivo do Prêmio Movelpar de Design, Nilson Carlos Violato, explica que esta é a primeira vez que a competição é realizada com foco nas indústrias fabricantes de móveis. Participam da iniciativa empresas que já possuem uma peça de design inovadora, ou aquelas que criarão móveis especialmente para a premiação. “Os prêmios de design no Brasil acabaram se esvaziando, porque tinham foco apenas na arte. O Prêmio Movelpar quer destacar o móvel que está no mercado, valorizar o papel do design e a estética da arte, mas também o conforto e a funcionalidade”, explica Violato, acrescentando que a grande diferença em relação a outros prêmios é que os móveis apresentados estarão à venda e não serão apenas protótipos.

O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo e coordenador do grupo de pesquisa Contemporar da UEL, Rovenir Bertola Duarte, conta que cinco grupos foram formados para atender as empresas e cada um deles convidou um designer para participar do desenvolvimento dos projetos. “O interessante é que o perfil das empresas é diferente. Algumas trabalham com equipamentos muito modernos, o que nos permitiu discutir formas de uso de tecnologias que ainda não eram empregadas. Outras possuem uma linha de produção bem tradicional e se abriram muito pra gente pensar em novas maneiras de fabricação. Foi um trabalho muito rico”, descreve.

O coordenador do núcleo de projetos e professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Pitágoras, Robson Naoto Shimizu, diz que a iniciativa tem proporcionado aos alunos uma oportunidade única, pois os aproximou das indústrias e profissionais de design. “Eles foram desafiados a identificar a capacidade produtiva de cada empresa para criar um mobiliário inovador e capaz de atender a um público consumidor real”, aponta Shimizu, enfatizando que o processo é dinâmico e bem diferente daquele experimentado pelos estudantes na academia.

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