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Mulheres conquistam espaço em marcenarias

Por Evelyn - 07 de Março 2019

 Tradicionalmente, criou-se a ideia de que existe “trabalho de mulher” e “trabalho de homem”, mas, nos últimos anos, o mercado de trabalho mudou e esse conceito também. Hoje, o público feminino ocupa cada vez mais espaços profissionais que antes eram considerados totalmente masculinos, praticando as mesmas atividades e funções. Diante disso, encontrar mulheres em marcenarias, criando e construindo, convivendo com o pó e o barulho das máquinas, está se tornando cada vez mais comum em todo o mundo.

 

Um exemplo  de quebra de paradigmas no ambiente profissional é a gaúcha Quélen Porley, que ao lado do marido, criou o Ateliê Piegina, com a produção de móveis e objetos em madeira. “Com a necessidade de mobiliar nossa casa e com a grande oferta de itens no mercado catarinense, eu e meu marido decidimos produzir os itens de nosso lar”, comenta, acrescentando que sua maior motivação neste segmento é criar peças totalmente diferentes, mas sempre resgatando a marcenaria tradicional, trabalhando com madeira de verdade. “Dedicar respeito aos materiais e cuidado na execução de cada peça, assegurando qualidade e identidade de nossos produtos, é o fator chave para manter essa paixão”, conta a marceneira.

 

Como qualquer outra profissão, que antes era dominada por homens, na marcenaria as mulheres ainda sofrem preconceito, com olhares curiosos ou frases como “essa madeira é pesada para você carregar”, além de machismo e assédio, visto que a grande parte das madeireiras são compostas na grande maioria por homens. “Sinto o machismo com mais frequência quando vou comprar a matéria-prima, por exemplo, ouvindo frases e opiniões desnecessárias, mas, faço questão de mostrar que eu consigo e que posso exercer a mesma função ou tarefa que um homem”, finaliza.

 

Mulheres na indústria

 

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a participação das mulheres no setor industrial cresceu 14,3% nos últimos 20 anos. A pesquisa também revelou que a participação de mulheres no mercado de trabalho em geral cresceu 17% no mesmo período.

 

Um exemplo do avanço da participação feminina nas grandes indústrias, a Grossl, empresa de soluções em abrasivos e adesivos, de Campo Alegre, Santa Catarina, possui 43% de mulheres atuando na organização. Do quadro total de colaborados as mulheres ocupam 47% dos cargos de gerência e coordenação na empresa.

 

"É importante que as empresas incentivem a diversidade nos mais diversificados setores e atividades. Dentro das grandes indústrias, ainda existe a predominância masculina e ter cada dia mais mulheres proporciona mais equilíbrio para o ambiente empresarial", comenta Sergio Jankowski, vice-presidente da empresa. 

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