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Na região do ABC, venda de móveis cai 40%

Por Inalva Corsi - 28 de Agosto 2015

As vendas de itens de mobiliário tiveram forte queda no primeiro semestre no Grande ABC, com retração de quase 40% na comparação com igual período de 2014, de acordo com estimativa do Sindicato da Indústria de Móveis de São Bernardo e Região. A baixa procura reflete o cenário econômico e a onda de demissões na região, que fizeram as compras a prazo se retraírem, assinala o presidente da entidade, Hermes Soncini. “O consumidor está mais cauteloso”, diz.

 

Ele destaca, no entanto, que apesar do desempenho fraco neste ano, a região tem se mantido com papel relevante no Estado de São Paulo tanto como polo produtor quanto de comércio no segmento. É o que aponta pesquisa realizada pelo sindicato em parceria com o Instituto de Ação Tecnológica e Desenvolvimento Inovador divulgada nesta quinta-feira (27).

 

De acordo com o estudo, que toma como base números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2013 e do IPC Marketing, neste ano a indústria moveleira do Grande ABC contabilizou R$ 714 milhões de faturamento, ou 7% do registrado no Estado. A região também representa iguais 7% do total de empresas produtivas e de postos de trabalho nas fábricas paulistas.

 

Para o presidente do sindicato, os números da pesquisa mostram que o móvel ainda é importante no Grande ABC. Ele salienta ainda que as fábricas têm feito investimentos nos últimos anos para se atualizar tecnologicamente. “No passado tínhamos perfil artesanal e mão de obra intensiva, hoje as fábricas já tem CNC, centros de usinagem”, diz. Apesar disso, o dirigente admite que há a necessidade de aprimorar mais os processos fabris. “Somos menos eficientes que outras regiões, mas estamos buscando a melhoria tecnológica, junto com o Senai”, diz.

 

Entre as preocupações do ramo nos sete municípios, que têm, em grande parte, pequenas e micro indústrias (85%), está a de se antenar com novas tendências, como a divulgação em mídias sociais e o foco em design e em praticidade, além de maior rapidez de entrega, como grandes redes de varejo de mobiliário e decoração fazem.  

 

Fonte: Do Diário do Grande ABC

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